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Em mais uma rodada de demissões, a Descomplica dispensou 160 pessoas nesta semana. O número representa 20% do quadro da Descomplica UniAmérica, ecossistema da edtech que inclui as operações do centro universitário paranaense UniAmérica, adquirido em 2021. Segundo apurou o Startups, o enxugamento impactou diversas áreas do negócio, com uma redução mais expressiva no setor de vendas.

Esse é o 3º corte feito pela startup nos últimos 18 meses, impactando cerca de 292 pessoas no total. O primeiro corte foi reportado pelo O Globo em junho de 2022, quando a Descomplica demitiu 61 funcionários (5%) e reduziu seus investimentos em mídia e publicidade. Em agosto de 2023, a startup desligou mais 71 colaboradores, que na época representavam 7% do quadro total. 

Procurada pelo Startups, a companhia confirmou os desligamentos. 

“A Descomplica esclarece que está passando por um momento de reformulação a fim de aprimorar o seu crescimento sustentável e sua eficiência. Movimentos assim são sempre difíceis, e precisam ser sempre conduzidos com muita robustez e olhar voltado às pessoas. A empresa reitera seu profundo respeito por todos os profissionais que fizeram parte da sua trajetória, se sensibiliza com aqueles que foram impactados e segue comprometida em entregar uma experiência de qualidade para todos os seus alunos”, disse a empresa, em nota.

Pessoas com familiaridade no assunto disseram que a empresa já vem buscando eficiência e crescimento sustentável há um tempo. “Desde o ano passado existe uma pressão muito grande com foco em eficiência, e desligamentos em massa em menor volume foram sendo feitos”, disse uma fonte ouvida pela reportagem. “Dessa vez [o corte] foi bem inesperado, ainda mais depois de agosto. Tivemos uma reunião em que falaram que a empresa estava saudável, focando em eficiência e que passaria a investir em inteligência artificial”, conta.

A Descomplica tem entre os seus parceiros e investidores o SoftBank. Em fevereiro de 2021, a companhia anunciou a captação da sua rodada série E, no valor de US$ 84 milhões. O aporte foi liderado pelo SoftBank e o fundo norte-americano Invus Opportunities, com participação de Valor Capital, Península Participações, Chan Zuckerberg Initiative (CZI), Amadeus Capital, entre outros investidores. Na época do aporte, o Brazil Journal reportou que a companhia havia chegado no breakeven em 2020, mas ainda queimava caixa.

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