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As últimas semanas foram agitadas nos escritórios do Google em todo o mundo. Em dezembro, o The Information reportou que a gigante de tecnologia pretendia aumentar seus investimentos em técnicas de IA e machine learning, substituindo grande parte do seu departamento de vendas de anúncios por uma tecnologia capaz de automaticamente sugerir e criar anúncios com bom desempenho, sem a necessidade de trabalhadores humanos.

A companhia começou a colocar a reorganização em prática no início do ano, anunciando a demissão de centenas de funcionários em diversas áreas da empresa. Foram feitos cortes na unidade de assistente de voz, além da equipe de hardware responsável pelo Pixel (linha de smartphones desenvolvida pelo Google), Nest (alto-falante inteligente) e Fitbit (relógios e dispositivos inteligentes para monitoramento de saúde e condicionamento físico), com a maioria das pessoas no time de realidade aumentada também sendo dispensada. O Google ainda confirmou que diversas funções na equipe central de engenharia foram afetadas.

Segundo o TechCrunch, o Google demitiu mais de mil trabalhadores na última semana. Agora, uma nova rodada de demissões impactou a organização. Na terça-feira (16), a companhia anunciou desligamentos no setor global de vendas e publicidade e, no dia seguinte, estendeu os cortes aos times brasileiros.

A empresa anunciou também que o YouTube, que faz parte do Google desde 2006, irá demitir cerca de 100 funcionários. A diretora de negócios do YouTube, Mary Ellen Coe, teria enviado um comunicado interno à equipe explicando que as demissões faziam parte de mudanças de reestruturação nas equipes de gerenciamento e operações de criadores.

“Os 100 funcionários afetados aparentemente têm a chance de se candidatar a outros cargos no YouTube, mas isso não significa necessariamente uma posição garantida dentro da empresa. De acordo com o The New York Times, os trabalhadores têm 60 dias para encontrar novas funções antes que suas demissões entrem oficialmente em vigor”, afirma a reportagem do TechCrunch.

“Estamos investindo de forma responsável nas maiores prioridades da nossa empresa e nas oportunidades significativas que temos pela frente”, disse o Google, em comunicado. “Para melhor nos posicionar para essas oportunidades, diversos times fizeram mudanças na segunda metade de 2023 para se tornarem mais eficientes, alinhando recursos às suas principais prioridades. Algumas equipes continuam a fazer esses tipos de mudanças organizacionais, que incluem a eliminação de alguns cargos globalmente.”

Sinal de alerta

Em meio às movimentações, o CEO do Google, Sundar Pichai, enviou um comunicado aos funcionários alertando que mais demissões são esperadas ao longo do ano. Segundo o TechCrunch e o The Verge, o memorando dizia que a big tech terá que fazer “escolhas difíceis” para cumprir seus objetivos ambiciosos.

No ano passado, o Google dispensou 12 mil pessoas – cerca de 6% da sua força de trabalho. No entanto, em 2024 os cortes não devem ocorrer na mesma proporção. “As eliminações de funções não estão na escala do ano passado e não afetarão todas as equipes. Mas sei que é muito difícil ver colegas e times impactados. “Muitas das mudanças já foram anunciadas, mas, para ser sincero, algumas equipes continuarão tomando decisões de alocação de recursos ao longo do ano, e algumas funções poderão ser afetadas”, escreveu Pichai.

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