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A Sami Saúde, healthtech que ao lado de nomes como Alice foi badalada como uma ameaça à hegemonia dos grandes planos de saúde no país, está com um novo cheque na conta. A startup acabou de levantar US$ 18 milhões (R$ 90 milhões) em uma rodada liderada pela Redpoint eventures e Mundi Ventures.

O aporte também teve a participação da Alumni Ventures, Endeavor Catalyst, Digital Horizon, Tau Ventures, e foi acompanhado pelos atuais investidores monashees, Valor Capital, Kevin Efrusy (Accel), Ricardo Marino (Itaú), Mancora Ventures, Mauro Figueiredo (ex-Diretor da Bradesco Saúde) e Brad Otto (ex-executivo do CVC da UnitedHealth Group, dona da Amil).

Com a nova capitalização, a Sami pretende investir em duas frentes. Uma é a melhoria de sua plataforma, com o desenvolvimento de novas features e otimização das já existentes, com ênfase na experiência do usuário. A outra é intensificar esforços na vertical de B2B, mirando a marca de 27 mil membros até o fim do ano.

Segundo pontua o presidente da Sami, Vitor Asseituno, a meta segue uma projeção conservadora. No ano passado, a empresa registrou um crescimento de 160%, chegando a 15 mil vidas atendidas. “Agora o objetivo é o breakeven”, afirma Vitor em entrevista ao Startups, revelando que a meta é chegar ao final de 2023 com uma receita de R$ 120 milhões, o dobro do faturamento obtido no ano passsado.

Atualmente, a healthtech opera em sete cidades da região metropolitana de São Paulo, o que na visão do executivo ainda representa um grande potencial de crescimento. “Em São Paulo, os grandes planos têm de 500 mil a 600 mil vidas, então tem chance de crescer muito ainda nesta praça em que atuamos”, avalia.

Vitor Asseituno, presidente da Sami
Vitor Asseituno, presidente da Sami (Crédito: divulgação)

Horizontes

Para chegar na receita desejada, está nos planos da Sami subir o ticket médio. Para isso, a empresa não vai se restringir o formato online e de venda direta, como era até recentemente e tinha como boa parte de contratantes profissionais autônomos – ou seja, empresas de uma pessoa só.

Segundo Vitor, a artir de agora, os produtos também serão oferecidos por corretores especializados em saúde, movimentação que pode ajudar a fechar contratos maiores. “Começamos muito no MEI e agora estamos focando em crescer em empresas maiores, de PMEs a enterprise. Ano passado já triplicamos nossa base de empresas grandes, e esperamos que aumente este ano. A parte de canais é um esforço nesta direção”, avalia.

Na visão do CEO Guilherme Berardo, a Sami construiu uma base de produtos e operação sólida o suficiente nos seus dois anos de existência e agora está pronta para dar passos maiores. “Temos que estar onde o cliente quer comprar, seja no digital, seja no telefone, seja no corretor”, contextualiza Guilherme, que acredita que o novo canal de prospecção de membros representará até metade das vendas da healthtech até o final do ano.

Falando ainda de aquisição de clientes, Vitor frisa que a companhia não tem planos de crescimento inorgânico, tal como fez recentemente a concorrente Alice, ao comprar a carteira da QSaúde. Com a aquisição, ela absorveu cerca de 16 mil pessoas para a sua operação, mirando fechar o ano com 30 mil vidas atendidas.

“A nossa curva é ascendente sempre, conseguimos desenvolver uma máquina de aquisição e não pensamos em crescer de forma não orgânica. Para nós faz mais sentido expandir essa máquina do que comprar e ter outras preocupações, como a de integração”, finaliza o presidente da Sami.

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