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Inovar virou um mantra para as empresas. Para fazer isso, muitas criaram áreas e times dedicados. O problema é que essas equipes geralmente são pequenas e dispõem de poucos recursos ou influência dentro da companhia e, por isso, acabam ficando “sem braços” para entregar todo o potencial que se espera delas.

Mas não tema. A inteligência artificial, é claro, está chegando para resolver esse problema. Pelo menos é isso que prometem a 100 Open Startups e a Match IT. As duas se juntaram para criar uma ferramenta batizada de Transform IT, um chatbot que tem o objetivo de melhorar o fluxo dos projetos de inovação dentro das companhias. Surgiu aquela demanda genial que vai transformar o negócio? Basta apresentá-la ao assistente que ele vai indicar os caminhos para seguir com ela – ou revê-la e até refutá-la – de acordo com as etapas estabelecidas e objetivos estratégicos da companhia. “Acabou o ‘não tenho braço’”, diz Bruno Rondani, fundador da 100 Open Startups.

Hoje, o processo de avaliação e triagem é feito de forma manual, o que significa que é lento e, muitas vezes pouco eficiente. Uma pesquisa da Match IT indica que 82% das empresas gerencia a sua inovação por meio de slides e planilhas que não são integrados nem automatizados. Além de pouco efetivo, essa falta de organização faz com que o que é escolhido nem sempre traga os resultados pretendidos. Rose Ramos, fundadora e CEO da Match IT conta o caso de uma empresa pública que investiu pesado para chegar a uma lista de três desafios, mas, depois de realizados, nenhum deles rendeu frutos.

Com a ferramenta criada a partir do ChatGPT, a proposta é melhorar a “salada” dos processos internos, democratizando o acesso dentro das organizações e dando escala e maior capacidade de gestão ao trabalho das áreas de inovação. Bruno estima que para cada projeto que é fechado por empresas que compõem o ranking, existam outras 100 que deixaram de ser executados. O que significa que tem muita coisa deixando de ser considerada.

Ele reforça que os uso do assistente não vai significar a substituição do relacionamento, das interações pessoais. A ideia é apenas facilitar os fluxos, deixando a IA lidar com tarefas repetitivas. Para ele, usar esse tipo de ferramenta é algo inexorável. “É inquestionável que as empresas terão que usar. Estamos em uma corrida nova. Todo mundo tem problema de escala. Todos serão demandantes de apoio tecnológico”, crava Bruno.

A Transform IT está atualmente em teste em grandes empresas como Petrobras, Sicredi e Yduqs. O plano é que ela fique disponível para outras companhias na medida que for sendo aperfeiçoada. “Estamos ouvindo de quem está vivendo. Os ajustes, a construção e a forma como a ferramenta vai gerar valor vão acontecer em comunidade”, destaca Rose.  Pelo acordo firmado entre a 100 Open Startups e a Match IT,  as companhias terão um modelo de compartilhamento de receitas geradas com essa iniciativa e de seus futuros desdobramentos. “Somos sócios nessa oferta”, destaca Bruno.

A estimativa é que os investimentos em inovação aberta tenham sido de R$ 5 bilhões no Brasil no ano passado. Em 2024, o número pode dobrar de tamanho, chegando a R$ 10 bilhões.

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