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A 180º Seguros acaba de conquistar a licença definitiva da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para atuar como seguradora. Com o aval, a 180º está autorizada a construir e emitir qualquer tipo de seguro em todo o país.

A insurtech se enquadrou na categoria S3, de empresas de menor porte, cujas provisões técnicas sâo inferiores a 0,2% e os prêmios ficam abaixo de 0,9% do total do mercado. Segundo Mauro Levi D’Ancona, fundador e CEO da 180º Seguros, ao operar como seguradora S3, a startup terá ainda mais autonomia para desenvolver, gerir e oferecer soluções personalizadas e flexíveis. 

“Somos uma empresa de tecnologia que vende seguros. Construir nosso próprio produto é enxergar o mercado com o olhar do cliente e oferecer uma solução flexível, ágil, simples, eficiente e tecnológica, permitindo uma jornada única ao usuário”, afirma.

O primeiro produto 100% construído pela insurtech será um seguro residencial, com mais de 20 coberturas, incluindo equipamentos utilizados para home office e proteção para placas solares, que poderão ser escolhidas pelo parceiro comercial. A companhia, que anunciou recentemente produtos em parceria com Recargapay e Solfácil, já conta com cinco parceiros contratados que devem ser anunciados nos primeiros meses de operação como seguradora. 

Mauro Levi D’Ancona, fundador e CEO da 180º Seguros (Foto: Tiago Queiroz)
Mauro Levi D’Ancona, fundador e CEO da 180º Seguros (Foto: Tiago Queiroz)

Trajetória da 180º Seguros

Desde 2021, ano em que chegou ao mercado, a insurtech atuava no modelo B2B2C como uma corretora de seguros para empresas que querem oferecer seguros a seus clientes – o chamado embedded insurance. Ou seja, ela trabalhava com outras seguradoras na composição de suas ofertas – desde o desenho do produto, passando pela integração tecnológica, até o atendimento e gestão no pós-venda.

A conquista da licença para atuar como uma seguradora chega um ano depois de a 180º Seguros receber uma série A de R$ 177 milhões (US$ 31,4 milhões), liderada pelo fundo norte-americano 8VC – do Jon Lonsdale, cofundador da Palantir.

Em maio de 2021 ela tinha captado sua primeira rodada de investimento, um seed de R$ 44 milhões (US$ 8 milhões) aportado pelos fundos Canary, Dragoneer, Rainfall e mais 20 investidores anjo. Foi o maior seed para o segmento de seguros na América Latina. 

Em conversa com o Startups, Mauro afirma que não vislumbra uma nova rodada tão cedo. “Estamos super bem capitalizados. Agora é que vamos começar a gastar o que levantamos na série A. Nosso foco é executar, estamos com a faca e o queijo na mão”, diz. Para este ano, a ideia é construir bons cases de sucesso como seguradora.

Hoje são mais de 5 mil segurados e cerca de 20 produtos em mais de 10 canais diferentes. Na lista de primeiros clientes conquistados com menos de um ano de operação estão nomes como Loft, Caju, Buser, Pipo e Zul Digital (comprada pela Estapar).

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