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2023 foi um ano de retração no mercado como um todo – e no caso das fusões e aquisições (M&As), não foi diferente. Entretanto, a diminuição destes negócios se manteve estável ao longo do ano, o que anima investidores quanto a uma possível reação dos M&As para o ano que vem.

Isso é o que aponta um levantamento divulgado pela PwC Brasil. Segundo o estudo, as transações de M&A mantiveram a média mensal registrada neste ano e fecharam o mês de novembro com um total de 95 transações no país – 1.164 transações no acumulado de 11 meses. O volume é 18% menor que o mesmo período do ano passado.

“Se consolidadas as previsões, a tendência é que em 2023 o volume total de operações gire em torno de 15% a 18% menor que em 2022”, avalia o sócio da PwC Brasil, Leonardo Dell´Oso, em nota. Segundo Leonardo, nos últimos meses do ano há uma procura maior pelo crescimento inorgânico de empresas.

De acordo com a PwC, a tendência prevista de novos M&As neste fim de ano está se comprovando, com um aumento de aquisições sendo anunciadas, inclusive com movimentos agressivos de empresas como QI Tech, Conexa e Sankhya, entre outras. Aliás, segundo a consultoria, a expectativa é que o apetite por compras se intensifique a partir de 2024, com tendência de aumento de 15%, movimento que está diretamente relacionado ao cenário macroeconômico.

“A aprovação da reforma tributária, a expectativa de inflação mais baixa para o ano que vem e a queda da taxa básica de juros da economia são fatores que impulsionam o mercado de M&A no Brasil. Há ainda um cenário externo completo em função das guerras, uma estagnação do crescimento das taxas de juros nos Estados Unidos, um crescimento menor da China e a necessidade de diversificação das cadeias de suprimentos, fazendo com o Brasil ganhe mais atenção dos investidores. Já se fala, também, numa possível retomada dos IPOs, o que representa uma alternativa de captação de recursos para investimento e para a saída de investidores financeiros. Todos esses fatores tendem a favorecer as operações de M&A”, comenta Leonardo Dell´Oso.

O Sudeste continua liderando os movimentos de fusões e aquisições, especialmente o estado de São Paulo, que concentra 48% das transações, as regiões Sul e Centro-Oeste seguem com uma variação muito pequena entre elas. O setor de tecnologia também lidera o volume de transações, com 40% das operações negociadas em 2023, seguido do setor financeiro (com 6%), energia e utilidades, especialmente as renováveis (com 5%) e produtos de consumo (com 5%).

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