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Depois de fazer mudanças estruturais, otimizar processos e reduzir custos (incluindo duas rodadas de demissões no ano), a Buser, plataforma de intermediação de viagens de ônibus, registrou seu primeiro fluxo de caixa positivo semestral, de R$ 10 milhões. Apesar de margens maiores, a receita da empresa se manteve estável.

Segundo Marcelo Abritta, CEO e cofundador da Buser, 2023 foi o primeiro ano em que a companhia não focou em crescimento, mas em eficiência. “Abrir mão de um crescimento de 50% a 80% ao ano foi sacrificante. Mas foi graças a essa virada de chave que conseguimos parar de queimar caixa, nos colocando em uma posição muito boa junto aos investidores”, afirma ele ao Startups.

Para 2024, a previsão é crescer mais de 30%, sem a necessidade de aporte de capital. E parte desse crescimento projetado está ligado a um novo salto que a startup pretende dar com a entrada no mercado de linhas regulares. Para isso, a Buser começou a solicitar à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) dezenas de linhas para operar, tendo alguns pedidos já sendo analisados pela agência reguladora. 

Marcelo Abritta, CEO e cofundador da Buser (Foto: Divulgação)
Marcelo Abritta, CEO e cofundador da Buser (Foto: Divulgação)

Vem chumbo grosso pela frente, já que a concorrência é grande em um setor que fatura algo próximo de R$ 30 bilhões por ano. Para Marcelo, entrar no mercado de linhas é mais uma alteração na forma de acesso ao mercado do que uma mudança de modelo de negócio. Segundo ele, o segmento trará diversidade no sentido de complementar o outro modelo de fretamento, já que no serviço de linhas será possível trabalhar mais com a previsibilidade da oferta e com horários fixos de viagens. 

“Vamos continuar usando nossas tecnologias para ajudar no match com clientes, facilitar o atendimento e tornar as viagens mais seguras – e por um preço mais justo que as antigas viações, que não querem competição e praticam preços abusivos. Mesmo no mercado de linhas, isso é possível. Queremos furar essa bolha e romper o oligopólio formado há décadas pelas velhas empresas de ônibus”, comenta o CEO.

Para o executivo, se a ANTT não brecar novamente os processos – a startup acusa a agência de atraso na autorização – a Buser terminará 2024 operando com ambos os modelos (fretamento e linhas regulares).

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