Com cinco empresas em seu ecossistema, a Sankhya planeja novas aquisições para este ano. O objetivo do grupo de gestão empresarial (ERP) é dobrar o faturamento e ter “mais musculatura” para buscar um IPO a partir de 2025. A rival da Totvs tem como meta o faturamento de R$ 1 bilhão em dois anos, dos quais R$ 250 milhões viriam das novas empresas investidas.
No último fim de semana, a empresa, que se considera uma startup de 35 anos, realizou sua convenção anual em Uberlândia, Minas Gerais, onde fica a sede da companhia. O evento, apresentado pelo influenciador Vitor DiCastro, contou com a participação do ator Nelson Freitas; da ginasta Rebeca Andrade; da líder global da Nike Dafna Blaschkauer; de André Santos, embaixador do Mercado Livre; e da astróloga Márcia Sensitiva, e foi encerrado com um show da cantora Pitty.
A Sankhya vem fazendo duas aquisições por ano, mas desta vez o foco será no faturamento das investidas, e não necessariamente na quantidade de empresas. Em entrevista ao Startups durante a convenção, o CEO Felipe Calixto conta que o objetivo para este ano é adquirir uma empresa que traga cerca de R$ 100 milhões em receita. “A gente tem sido muito assertivo nas aquisições. Nosso principal critério é que seja uma solução que complemente o nosso ecossistema. E o segundo critério é que os fundadores permaneçam no negócio e sejam alinhados com a nossa cultura”, explica.
Crescimento com M&A
Quando compra uma empresa ou startup, a Sankhya se torna sócia majoritária, mas deixa os fundadores com uma fatia relevante. Hoje, fazem parte do grupo as empresas Neppo (atendimento), PontoTel (gestão de ponto), Ploomes (gestão do pipeline de vendas), Meetime (conversão de leads) e Mindsight (recrutamento e seleção). Segundo Felipe, elas crescem em média de 50% a 60% por ano depois que entram no ecossistema.
Em 2020, a Sankhya captou R$ 425 milhões do fundo soberano de Singapura, o GIC (Government of Singapore Investment Corporation) e tem usado boa parte dos recursos nas operações de M&A. As aquisições são uma vertical importante do negócio, já que sozinha a Sankhya tem crescido em média 28% ao ano. Como grupo, incluindo as investidas, cresce 35%. “Nosso plano em 2024 é manter essa média. Estamos crescendo muito bem nas aquisições”, diz o CEO.
Apesar de dizer que não há pressão do fundo para que haja saída do investimento, o cofundador da Sankhya trabalha com o objetivo de uma estreia em bolsa a partir de 2025. “Por enquanto, não precisamos de novos aportes, já que voltamos a ser rentáveis. Queremos acelerar as aquisições para ter mais musculatura para um IPO daqui a uns dois anos”, completa.