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5 bilionários da tecnologia que ficaram "mais pobres" em 2022

Alta dos juros fez investidores buscarem mais segurança, levando à queda nas ações e reduzindo a fortuna dos gigantes da tecnologia

Foto: Divulgação/Arte Canva
Foto: Divulgação/Arte Canva

A inflação alta foi um fenômeno generalizado no mundo em 2022, o que levou o bancos centrais a ligarem a máquina de aumento de juros. No Brasil, a Selic passou de 9,25% para 13,75% – fazendo o país mais uma vez honrar seu título de “País da Renda Fixa”. Nos EUA, o FED elevou os juros de 0,25% para 4,50% Como resultado da mexida, investidores diminuíram sua disposição a tomar risco e buscaram ativos considerados mais seguros. Esse quadro levou a uma forte desaceleração no interesse por empresas de crescimento, leia-se do setor de tecnologia, e as ações das companhias sofreram, culminando em perdas aos seus principais executivos e bilionários da tecnologia.

Sim, nem as chamadas “big techs”, como a Meta (controladora do Facebook), Amazon, Google e Microsoft, escaparam do desânimo dos investidores. Com menos expectativas de cresccimento, as gigantes tiveram que demitir em massa, movimento que deve continuar em 2023.

Confira a seguir os 5 bilionários da tecnologia que mais perderam dinheiro em 2022. Só pra ter uma noção, estamos falando de mais de US$ 350 bilhões que estes senhores ficaram “mais pobres”. Isso equivale a cerca de um terço da bolsa brasileira, que tem um market cap na faixa dos US$ 900 bilhões.

Elon Musk, CEO da Tesla, SpaceX e Twitter – perdeu US$ 132 bi

Elon Musk, CEO da Tesla (Foto: Divulgação)

Musk recentemente perdeu seu título de pessoa mais rica do mundo para Bernard Arnault, CEO da LVMH. Agora como 2ª pessoa mais rica do mundo, Musk somou uma fortuna de US$ 138 bilhões no fim de 2022.

Grande parte da grana do bilionário está atrelada às ações da Tesla, que caíram quase 70% no ano passado, em parte porque os investidores ficaram preocupados com a aquisição do Twitter por Musk.

As ações da Tesla também foram vítimas do enfraquecimento da demanda por veículos elétricos, especificamente na China, um dos maiores mercados da montadora.

Jeff Bezos, fundador da Amazon e da Blue Origin – perdeu US$ 85,2 bi

Jeff Bezos, fundador da Amazon (Foto: Divulgação)

Bezos, que deixou o cargo de CEO da Amazon em 2021, ainda é o maior acionista da empresa. No entanto, com a queda das ações do mercado de tecnologia em 2022, o valor das ações da Amazon caiu em 50%. 

Mesmo com o prejuízo, a fortuna do empresário encerrou o ano passado em US$ 107 bilhões. Quem não se deu bem com as perdas foram os funcionários da Amazon. No início do mês, a varejista anunciou que vai demitir 18 mil pessoas na tentativa de reduzir custos.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta (controladora do Facebook) – perdeu US$ 79,9 bi

Mark Zuckerberg, dono do Facebook (Foto: Anthony Quintano/Flickr)

Se no fim de 2021 Zuckerberg era a sexta pessoa mais rica do mundo, agora ele é o número 25 da lista, com uma fortuna de US$ 45,6 bilhões. Com a recessão econômica e um 2022 difícil para a publicidade digital, a receita da Meta caiu no ano passado.

Zuck também vem enfrentando crise na queda de ações da companhia, envolvendo, inclusive, corte de pessoal: 11 mil funcionários foram demitidos em novembro de 2022. 

Larry Page, cofundador do Google – perdeu US$ 45,3 bi

Larry Page, cofundador do Google (Foto: Flickr)

A Alphabet, que controla o Google e o YouTube, também foi afetada pela crise. Consequentemente, refletiu nos ganhos, ou melhor, perdas de um de seus fundadores, Larry Page.

A maior parte da riqueza de Page – que somou US$ 83,1 bilhões no fim de 2022 – vem de sua participação de 6% na Alphabet.

Bill Gates, cofundador da Microsoft – perdeu US$ 28,6 bi

Bill Gates, cofundador da Microsoft (Foto: Divulgação)

Com um patrimônio líquido de US$ 110 bilhões no fim de 2022, Gates tem investimentos distribuídos entre empresas, imóveis e terrenos. No entanto, suas ações da Microsoft são responsáveis pela maior parte de sua riqueza.

Os papéis da big tech perderam cerca de 30% de seu valor no ano passado, com a queda das vendas do Windows e baixo crescimento na receita com serviços na nuvem.