A Celcoin, fintech que fornece infraestrutura de tecnologia financeira e banking, anuncia a compra da Galax Pay, startup mineira de cobrança recorrente. A aquisição, que não teve o valor divulgado, é a 1ª da história da Celcoin e também representa um marco para o Startups. É o 1º evento de liquidez de uma companhia que apareceu na nossa série Além da Faria Lima. O perfil da fintech mineira foi publicada em abril/21. Na época, Marcio Vinícius, fundador da companhia, disse que o plano era seguir sem captação de recursos externos, mas que vinha mantendo conversas com possíveis investidores.
A compra vem na esteira dos R$ 55 milhões captados pela Celcoin em julho/21, quando sinalizou o interesse em explorar aquisições. A fintech opera como um “Legos” para serviços financeiros, oferecendo APIs para a incorporação de pagamentos como PIX, débito automático, open banking, entre outras funcionalidades.
Segundo Marcelo França, presidente da Celcoin, o negócio representa uma via de mão dupla. “Poderemos oferecer as APIs e o motor de cobrança recorrente da Galax para quase 200 fintechs, que já são clientes da Celcoin; e vamos levar nossas soluções para a base de empresas atendidas pela Galax, que querem oferecer serviços financeiros dentro da sua própria plataforma”, afirma em nota. Com a aquisição, a empresa chega a um faturamento superior a R$ 100 milhões
Já a expectativa da Galax Pay é de multiplicar rapidamente seus volumes e velocidade de crescimento com a capilaridade e capacidade de distribuição da Celcoin. A fintech mineira foi fundada em 2017 a partir de um spin-off da conterrânea Construsite.
A startup atende mais de 1.800 clientes ativos e processa mais de R$ 45 milhões por mês. Seu ganha pão vem das mensalidades pagas pelos clientes que usam o cartão de crédito como meio de pagamento e também com as taxas por boletos emitidos (que variam de R$ 1,99 a R$ 3,99).