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"Mulheres são minoria no setor e precisamos reverter isso", diz Sympla

Tereza Santos, CEO da Sympla, participou do 2º episódio da minissérie Startups: substantivo feminino e plural

Tereza Santos, CEO da Sympla
Foto: Divulgação

Quando Tereza Santos se tornou diretora-executiva da Sympla, ela se deparou com dois grandes desafios. Não só assumiu a cadeira de CEO, que já vem com um aumento natural de responsabilidades, como também o fez substituindo o cofundador da empresa, Rodrigo Cartacho. E tudo isso no auge da pandemia da Covid-19, quando a companhia sentia os impactos das restrições no setor de eventos e precisava se adaptar à nova realidade.

“Se tem uma coisa que me ajudou na transição para CEO foi a maternidade”, diz Tereza. Ela, como mãe, entendeu a Sympla como o filho do fundador. E, aos seus olhos, Rodrigo lhe entregar a liderança era como se estivesse dando a responsabilidade de cuidar de seu bebê. Então, Tereza decidiu cuidar da empresa da forma que gostaria que outra pessoa cuidasse da sua filha.

“Como eu gostaria que tratassem a minha filha? Primeiro, que a amassem muito. Então eu amo muito a empresa onde trabalho. Segundo, que a pessoa continuasse trabalhando com os princípios que eu trouxe para a minha filha. Não dá para chegar radical, querendo mudar tudo. Por fim, confiança. Só se entrega um filho para alguém quando há confiança nela, então sabia que o Rodrigo tinha me confiado a Sympla e que eu tinha que honrar isso.”

A executiva falou sobre sua trajetória no Startups: substantivo feminino e plural, minissérie especial sobre liderança e empreendedorismo feminino lançada pelos podcasts MVP, do Startups, e Brutal Facts, da Movile. Ao longo de 3 episódios, o projeto convida diversas mulheres do ecossistema de inovação – executivas, líderes, investidoras – a participarem de papos retos, sinceros e sem firula, mas com muitos insights e acolhimento.

Durante a conversa, Tereza refletiu também sobre os desafios de ser mulher no mercado de tecnologia e inovação. “Sempre saí para trabalhar ciente de que tinha que dar o meu melhor, e que muitas vezes isso ainda não seria suficiente. O setor de eventos tem pouquíssima representatividade feminina. Hoje, no papel que estou, me atento muito a como posso dar mais visibilidade a tantas outras mulheres com quem trabalho”, pontua.

Ela ressalta a importância de falar sobre essa questão e empoderar as mulheres da área. “Temos que discutir a pauta, os desafios e contar o que é ser mulher nessa sociedade para verem que não é frescura, é um fato. Vamos fazer o nosso papel, se educar e mudar a mentalidade. Mulheres são a minoria no setor e temos que reverter esse quadro. E isso é uma função de todos”, diz Tereza.

Confira o 2º episódio: