Rodada de investimento

Startup mexicana Etherfuse é a nova investida da Fuse Capital

O aporte faz parte da rodada seed de US$ 3 milhões, liderada pelos VCs norte-americanos White Star Capital e North Island Ventures

Etherfuse e Fuse. Foto: Divulgação
Etherfuse e Fuse. Foto: Divulgação

A gestora carioca Fuse Capital – que lançou este ano seu segundo fundo, focado em blockchain – anunciou nesta quinta-feira uma nova empresa investida, a mexicana Etherfuse. O valor do aporte não foi divulgado, mas faz parte da rodada seed de US$ 3 milhões, liderada pelos VCs norte-americanos White Star Capital e North Island Ventures, com a participação de organizações como Stellar, FunFair Ventures, Department of XYZ, entre outros.

A Etherfuse é um protocolo que tokeniza títulos de dívida de mercados emergentes (bonds), garantindo um lastro de um para um com o ativo real subjacente. A empresa também oferece custódia própria e negociação livre de seus ativos. Em nota, a Fuse explica que essa flexibilidade permite que qualquer usuário, com apenas um dispositivo móvel e uma carteira de criptomoedas, acesse títulos do mercado mexicano e de outros mercados emergentes.

“Investir na Etherfuse faz parte da estratégia da Fuse Capital de apoiar projetos que tragam soluções de valor real para o ecossistema blockchain – especialmente quando este tem interesse em atuar no Brasil. Nos vemos como sócios habilitados para auxiliar que essa empresa faça um pouso suave e tenha vida longa em terras locais. Seja do ponto de vista legal, com nossos parceiros, seja do ponto de vista de geração/atração de negócios”, afirma Guilherme Hug, sócio fundador da Fuse Capital, em nota.

Em comunicado, a gestora explica que, ao trazer para o universo de finanças descentralizadas (DeFi) um ativo estável, seguro e com rendimentos reais, a Etherfuse possibilita que esses títulos sejam utilizados como lastro ou como garantia em negociações mais amplas. Segundo a Fuse, a plataforma pretende disponibilizar mais de 3.500 ativos tokenizados nos próximos 18 meses, incluindo a dívida de curto prazo da maioria dos governos e outros ativos negociáveis na bolsa mexicana.

“Com o modelo já provado no México, a empresa agora se volta para o Brasil como um dos seus mercados alvos, e por este motivo, nós, que já vínhamos falando com a empresa há alguns meses, decidimos por acompanhar a rodada e ajudar a empresa no desafio de navegar o mercado brasileiro”, informa a gestora.

O CEO da Etherfuse, David Taylor, acrescenta que o mercado de dívida brasileiro é maior que o mexicano, e que operar no país sem sócios locais seria ainda mais desafiador. “Encontramos na Fuse o único player que conjuga conhecimento profundo no mercado financeiro tradicional, aliado a um forte conhecimento com tudo de mais moderno desenvolvido em blockchain. O que é bem raro e, portanto, estamos muito felizes com essa parceria”, diz.