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A CargOn, logtech curitibana que atua como operador logístico digital no gerenciamento do transporte de cargas pesadas, revelou ao Startups seus planos para ganhar escala em 2023. Para apoiá-los, a startup abriu rodada na plataforma de crowdfunding EqSeed para levantar R$ 2,8 milhões. Desde sua fundação, em 2020, a empresa acumula R$ 5 milhões em aportes. 

Com o novo investimento, a CargOn pretende entregar uma solução mais completa a seus clientes, implementando inovação e facilidades na cadeia logística. “A tecnologia é crucial para atingir a escala. Queremos entregar mais soluções que atendam a indústria, que sanem as várias dores do setor”, diz o fundador e CEO da CargOn, Denny Mews.

Os planos também incluem adentrar terras latino-americanas começando pela Argentina. A operação será feita com um novo cliente, uma multinacional brasileira da indústria química, que possui fábrica na terra do tango. Assim, serão abrangidas operações locais, no Brasil e Argentina, além de operações de entrega na América Latina.

“Primeiro vamos com o cliente, para sentir e entender o mercado, para depois adentrar outros países da América Latina. Estamos fazendo as integrações sistêmicas entre nossos sistemas para começar a operação no início de 2023”, ressalta Denny.

A outra novidade prevista para 2023 é o lançamento de um marketplace para venda do seguro de vida para caminhoneiros, atualmente oferecido apenas aos motoristas que carregam pela plataforma da startup. Ou seja, quem não for cliente CargOn também poderá adquirir o seguro. Segundo Denny, a ideia com o marketplace é trabalhar forte o ‘S’ do princípio ESG – a parte social. Em relação ao meio ambiente, a startup já faz um trabalho de monitorar as emissões de carbono dos motoristas, já a parte de governança também terá um olhar mais focado da logtech.

Lançado pela logtech em 2021, em parceria com a BB Seguros, o serviço oferece cobertura por todo o período da viagem, no valor de R$ 50 mil, para o caso de morte ou invalidez por acidente. A plataforma investe R$ 3 por dia no serviço, por cada caminhoneiro assegurado.

Denny Mews, fundador e CEO da CargOn (Foto: Divulgação)

Operador logístico digital

A logtech nasceu em março de 2020, bem quando a pandemia estourou, com uma proposta diferenciada no mercado: ser um operador logístico digital para a indústria, ou seja, cuidar de toda a cadeia, desde a produção até a entrega final de uma mercadoria. 

Para isso, a startup desenvolveu uma plataforma própria com diversas APIs capazes de conectar os sistemas das indústrias e das transportadoras ao seu para fornecer uma visão única. O objetivo é otimizar a gestão do transporte, prazos e controlar custos.

As soluções incluem dashboards logísticos, análise de indicadores em tempo real (por meio de BI), além de um portal denominado Portal do Transportador. Nele, as transportadoras que possuem alguma dificuldade com os seus próprios sistemas conseguem fazer a gestão completa da carga, sem se preocupar em integrações, customizações, etc.

Em seus 2 anos e meio de vida, a CargOn já transportou 10 milhões de toneladas de cargas em 300 mil viagens feitas por todo o Brasil. São 15 clientes e quase 40 mil downloads do aplicativo. Após atingir o breakeven (o chamado ponto de equilíbrio) neste ano, a expectativa da startup é de encerrar 2022 com faturamento de R$ 14 milhões, um crescimento de mais de 110% em relação ao obtido no ano passado. 

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