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Boa tarde,

Pompa e circunstância e o sentimento de “sabendo que era impossível, eles foram lá e fizeram”, o Nubank fez o seu IPO. A listagem dupla simultânea na NYSE e na B3 foi o ponto alto de uma trajetória de 8 anos desafiando os bancos no terreno deles.

Mas como a própria companhia reforçou em todos os momentos possíveis, é só o 1º dia. O desafio maior vem agora. E não digo apenas mostrar lucro, mas sim manter-se fiel a todas as promessas e sonhos que trouxeram a companhia até aqui, mesmo fazendo parte do mesmo mundo que ela insistiu em combater até aqui. O Nubank chegou à Faria Lima e a Wall Street. Mas será que os centros financeiros, e suas práticas seculares, vão chegar no Nubank? A Cristina Junqueira e o Davi Vélez garantem que não.

Vamos ver o que dizem os próximos trimestres.    

Boa leitura e boa semana.

Gustavo, Fabiana e Gabriela


Semana de 6 a 12 de Dezembro

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • A Visa anunciou que participou da série A de US$ 43 milhões na Belvo, plataforma de APIs de open finance, realizada em junho. No mês passado, ambas as empresas firmaram parceria estratégica para impulsionar o open finance na América Latina. Além disso, as empresas têm explorado maneiras de desenvolver experiências mais ricas de consumo e novos fluxos de pagamento. No Brasil desde 2020, a Belvo também opera no México e Colômbia.
  • A Origem Motors, startup que fabrica motos e as aluga no modelo as a service, levantou uma série A de R$ 100 milhões. A rodada foi liderada pela Atmos Capital, com participação da consultoria Visagio, Bee Cap e do family office dos sócios da Brain Capital. O aporte vai impulsionar os planos da Origem de colocar 1.000 motos e 200 estações de recarga nas ruas em 2022. No próximo ano, a companhia espera gerar uma receita de R$ 100 milhões.
  • A Atlas Governance, dona de uma plataforma de gestão de conselhos de administração, recebeu R$ 28 milhões da gestora Volpe Capital. Com a série A, a startup, que já atua no México, Colômbia, Chile, Peru e Argentina, pretende fortalecer a presença nesses países e expandir para a Espanha e Portugal no segundo semestre de 2022.
  • A Incode, plataforma de verificação e autenticação de identidade baseada em IA, entrou para o seleto grupo de startups unicórnios. A companhia atingiu valuation de US$ 1,25 bilhão ao levantar U$ 220 milhões em rodada série B. O aporte foi liderado pelo SoftBank Latin America Fund e a General Atlantic, com financiamento adicional do J.P. Morgan, Capital One Ventures e Coinbase.
  • A carioca Clubbi recebeu US$ 4,5 milhões do fundo Valor Capital, junto com ONEVC, Better Tomorrow Ventures, Latitud e Canary. Com o caixa reforçado, ela quer impulsionar o negócio no Rio de Janeiro, aumentando o número de mercados parceiros de 1.000 para 3.000 até meados de 2022.
  • A Worc, HRTech empregabilidade, gestão e desenvolvimento de pessoas para o food service, levantou R$ 20 milhões do SoftBank Latin America Fund, além dos fundos, Positive Ventures, SaaSHolic, Latitud Fund, K50 Ventures, Honey Island Capital, Aimorés Investimentos e Mago Capital. A startup paulistana espera expandir a atuação no Sudeste do país, aumentar mais de 5 vezes a base ativa de clientes e mais de 7 vezes a comunidade de candidatos.
  • A BAYZ, startup que visa fomentar o ecossistema de jogos NFT no Brasil, recebeu um seed de US$ 4 milhões da Yield Guild Games. Também participaram da rodada Valor Capital, Delphi Digital, Ascensive Assets, entre outros. A ideia é fazer investimentos agressivos e parcerias com os principais desenvolvedores de jogos de blockchain, aumentando conteúdo produzido, rede de criadores e contratação de talentos.
  • A Vegan Business, plataforma de equity crowdfunding com foco no mercado plant-based captou um seed de R$ 1,7 milhão. Os investidores incluem Braulio Dias (W2F Ventures), Soraya Capelli (Zentis Medical) e os investidores-anjo João Cristofolini e Elza Tamas. Com o objetivo de democratizar investimentos em negócios plant-based, a companhia vai coinvestir em todos os negócios-alvo das captações e oferecer apoio estratégico aos founders das empresas que vão levantar capital pelo Vegan Business.
  • A fintech Parfin levantou R$ 34 milhões para aumentar o time, com foco em contratações para a equipe de tecnologia. O aporte, uma extensão do round de R$ 8 milhões realizado em março, foi liderada pelo Valor Capital Group, com participação de Alexia Ventures.
  • A Platzi, plataforma online de educação profissional, levantou uma série B de US$ 60 milhões liderada pela Prosus. A empresa vai aproveitar os recursos para expandir sua oferta educacional em português, inglês e espanhol, aumentar o portfolio B2B e continuar construindo parcerias estratégicas com governos e gigantes da tecnologia.
  • O aplicativo de entregas de restaurantes AppJusto abriu uma rodada de equity crowdfunding, na plataforma Kria, com a meta de alcançar R$ 2,25 milhões até o fim do ano. A empresa definiu um modelo de captação coletiva com um aporte mínimo de R$ 100. A ideia, segundo a companhia, é permitir que restaurantes e entregadores também sejam sócios do negócio.

FUSÕES E AQUISIÇÕES 

  • A Dock, startup brasileira de meios de pagamento, adquiriu a companhia mexicana Cacao, voltada para o processamento de cartões. O objetivo da transação é ampliar a presença da Dock no México, já que agora ela passa a contar com 50 novos clientes, incluindo Rapyd, Tribal, Albo, Bnext e Oyster;
  • Para aprimorar sua ferramenta de mensagens, o Twitter comprou a rede social Quill. Nick Caldwell, gerente geral de tecnologia central do Twitter, escreveu na rede do passarinho que a Quill é “uma forma mais fresca e deliberada de se comunicar”, e que tê-la em seu portfólio ajudaria o Twitter a “fazer ferramentas de mensagem como as mensagens diretas, a forma mais útil e expressiva de as pessoas conversarem no serviço”;
  • A Casai, startup mexicana de hospedagem e aluguel de curta duração, concluiu sua 2a aquisição em 6 meses no Brasil. Com a compra da Roomin, que aluga e administra imóveis na capital catarinense, a Casai faz sua estreia em Florianópolis, onde planeja investir cerca de R$ 30 milhões para fortalecer as operaçõe;
  • O Pátria adquiriu 40% da gestora Kamaroopin, que tem em seu portfólio as startups Petlove, Consorciei, VetSmart e Zenklub, e mais de R$ 1 bilhão de ativos sob gestão. Com a aquisição, o Pátria passa a atuar na classe de ativos de venture capital e growth equity, além de seguir trabalhando com private equity;
  • A AES comprou a energytech GreenArt, que desenvolve softwares para analisar o consumo de energia dos clientes. A AES tem como objetivo internacionalizar as operações da nova incorporada, começando pelo avanço na América do Sul. O valor da operação não foi divulgado;
  • A XP adquiriu 49,9% da Direto, startup de financiamento de imóveis e home equity. A compra aumenta o portfólio de serviços da XP e marca a entrada da companhia no mercado de crédito imobiliário. A Direto segue com operação independente, e ganha acesso à estrutura de distribuição, tecnologia e soluções de funding da XP;
  • Na sua 1a aquisição desde o IPO, o Enjoei investiu R$ 14,25 milhões na Gringa, uma plataforma de brechó chique fundada pela atriz e modelo Fiorella Mattheis. A expectativa da Gringa é de que o Enjoei acelere seu crescimento por meio do desenvolvimento de produto e tecnologia, incremento da base de usuários e inteligência de dados;
  • O Méliuz comprou a Muambator, de rastreamento de encomendas em sites de comércio eletrônico, por R$ 3 milhões. 

NOVAS GESTORAS

  • Com o desentendimento entre os sócios da Redpoint eventures sobre a captação do 3º fundo da gestora, Romero Rodrigues está de casa nova. Junto com as duas casas americanas, ele montou a Headline, que também é o novo nome da eventures. A gestora pretende captar entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões em seu 1º fundo, apurou o Neofeed.   
  • Marcelo Maisonnave, Pedro Englert e Eduardo Glitz montaram a gestora NVA Capital para gerir os seus investimentos em startups. Na lista estão nomes como Monkey, StartSe (que investe no Startups), Vórtx, Fitbank, BMC News e Captable. Não há planos de fazer captações externas e trazer dinheiro além do que os sócios já têm e ainda vão aplicar. 

VOO SOLO

  • A Sitawi, que virou uma das protagonistas do avanço das agendas ESG e de impacto socioambiental no Brasil, decidiu fazer uma divisão mais concreta de suas operaçãoes – que já existiam com CNPJs distintos desde sua fundação, em 2008, mas que ainda operavam sob um mesmo guarda-chuva. Agora, Leonardo Letelier ficará com a marca Sitawi e toda a operação de finanças sociais. Já Gustavo Pimentel tocará de forma completamente apartada uma empresa de consultoria sob nova marca que ainda será definida. “As duas empresas não farão parte de um mesmo grupo. Serão duas organizações independentes e que continuarão trabalhando juntas em projetos específicos”, disse Gustavo ao Capital Reset.

FORA DO AR

  • Mais uma semana e mais uma queda na AWS. Na semana em que completou uma década de sua operação no Brasil – eu estava lá entrevistado o agora chefão-da-zorra-toda, Andy Jessy, na semana do lançamento – a companhia enfrentou um problema que derrubou serviços como Disney+, League of Legends, Valorant e até o iFood. No fim do dia o problema já havia sido desolvido.

BYE BYE BEN E MARC!

  • Os fundadores da a16z, Marc Andreessen e Ben Horowitz, estão, aos poucos, deixando o dia a dia da gestora. Segundo reportagem da Bloomberg, os dois, inclusive, se mudaram da Califórnia para o estado de Nevada – um destino inusitado, mas um reforço ao êxodo de investidores visto desde o começo da pandemia. A reportagem da Bloomberg não traz nomes de quem poderia suceder os dois numa eventual mudança de comando da operação. Mas a passagem de bastão seria um passo natural na medida que a a16z virou um gigante com 300 pessoas e muitos bilhões sob gestão. 

ALÉM DA PROPAGANDA

  • A Adventures lançou a marca de beleza Auê Sinenna, criada em conjunto com a atriz e cantora Seinna Belle. É a 1ª iniciativa da brandtech dentro de sua estratégia de estruturar um ecossistema para conectar artistas com empresas em uma relação que vai além da propaganda tradicional. O plano é permitir que eles também possam ser donos das marcas e não apenas emprestem suas imagens para divulgar produtos de terceiros. 

TOME-LHE MULTA

  • O iFood foi multado em R$ 1,5 milhão pelo Procon do Rio por conta do quiprocó acontecido no começo de novembro, quando nomes de restaurantes foram trocados por mensagens de apoio ao atual Presidente da República, ofensas a um ex-presidente e também antivacina. O órgão entendeu que a empresa não esclareceu quais informações pessoais dos consumidores foram afetadas, por isso a sanção.

CONTA NA GRINGA

  • Um luxo exclusivo dos endinheirados e das gigantes multinacionais, uma conta na gringolândia virou uma realidade para seres comuns e também para empresas de menor porte. Na semana qie passou, algumas novidades movimentaram ainda mais esse mercado: 
    • A Ebury, fintech global de pagamentos internacionais do Grupo Santander lançou o seu serviço para empresas exportadoras brasileiras.A plataforma realiza a conversão dos valores a serem pagos pelas empresas a partir do dólar ou euro e os pagamentos são realizados na moeda em que o correntista escolher – são 130 à disposição. “Temos soluções massivas e automatizadas de pagamento para pequenas, médias e grandes empresas. São serviços pouco disponíveis no mercado brasileiro, mesmo para as grandes”, disse Claudia Bortoletto, que lidera a operação comercial da startup no Brasil, em comunicado;
    • A Wise (ex-Transferwise) lançou no Brasil seu cartão internacional. Emitido com bandeira Visa, o cartão permite ao usuário gastar em mais de 200 países e territórios – seja durante uma viagem, um intercâmbio ou até mesmo de casa, no Brasil, ao fazer compras online – de maneira até 7 vezes mais barata se comparada com o uso de outros cartões de crédito internacionais do mercado.
    • Depois de lançar sua conta digital e cartão para brasileiros, a Passfolio está colocando no ar uma conta remunerada em dólares. A expectativa é que a conta renda 5% ao ano a usuários da conta padrão e de até 8,5% aos usuários da conta PRO (a versão paga do serviço da fintech. 

EDUCAÇÃO DIGITAL

  • A edtech sergipana Explicaê lançou o reforço escolar para estudantes do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) alinhado à BNCC (Base Nacional Comum Curricular). O projeto contou com um investimento de R$ 1,2 milhão, incluindo a estruturação do estúdio de gravação, produção e edição das videoaulas, professores e livro digital. Em breve, a startup pretende captar recursos em uma série A.
  • A Escola Conquer, escola de negócios da nova economia, se juntou à europeia ESIC Business & Marketing School, para entrar no mercado de ensino superior com cursos de pós-graduação. Foram investidos R$ 5 milhões em tecnologia e conteúdo, e a expectativa é de ter 5 mil alunos quando completar seu primeiro ano.

MARKETPLACE DE STARTUPS

  • A Latitud criou uma espécie de marketplace para startups apresentarem seus produtos e se conectarem com potenciais clientes e investidores da América Latina. Batizada de Latitud Launch, a ferramenta é aberta para qualquer empresa e empreendedor que tenha uma solução de base tecnológica. Sem revelar números, a companhia afirma que a plataforma já tem centenas de produtos e milhares de usuários.

CVC PARA O E-COMMERCE

  • A Locaweb se rendeu aos encantos do CVC e lançou um fundo para investir R$ 100 milhões em startups e companhias dentro de suas áreas de atuação, principalmente no segmento de comércio eletrônico. A ideia é apoiar essas startups e seus fundadores para que elas consigam realizar seu plano de negócios e, quem sabe, um dia possam vir a se tornar uma subsidiária integral da Locaweb.Os aportes serão feitos em até 4 anos, através de um fundo de investimento em participações (FIP) e geridos pela Valetec Capital Investimentos.

DANÇA DAS CADEIRAS

  • Depois de quase 20 anos, Pedro Faria deixa a gestora Tarpon para se tornar líder da área de venture capital do Pátria. A mudança de casa acontece no momento em que o Pátria anunciou a compra de 40% da gestora Kamaroopin para atuar na classe de ativos de venture capital e growth equity.
  • A Academia do Universitário, HRTech de recrutamento e seleção de talentos com foco na Geração Z, anunciou a contratação de Fábio Martins, especialista em desenvolvimento humano e corporativo na Total Energies e ex-coordenador de RH na Subsea, como líder de pessoas da startup. Segundo a companhia, a contratação faz parte da estratégia de desenvolver e expandir a equipe para, no próximo ano, atingir o faturamento de R$ 2 milhões.

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