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Criada há 6 meses com o intuito de ser um sistema de educação contínua para profissionais de tecnologia, a Kadabra deu uma ajustada no seu modelo de negócios e agora passa a olhar mais especificamente para a formação de gestores e líderes na área de tecnologia. Com o novo posicionamento, a edtech muda de nome para Instituto de Formação em Tecnologia e Liderança, ou só IFTL.

Kadabra é um nome divertido para falar com devs. Mas não dá a credibilidade necessária para quando vai falar para o líder. E a sigla é uma marca interessante no mercado de educação”, explica Thiago Lima, fundador e CEO do IFTL. Segundo ele, a ideia é apoiar os CTOs onde eles têm mais deficiência, que é a parte de negócios e gestão. “A gente ensina mais estratégia do que tecnologia para transformar esses profissionais em pessoas estratégicas nas empresas. Queremos ser tradutores entre as áreas”, diz.

O fundador da LinkApi tem ele próprio um histórico profissional técnico – além de ser ex-lutador de MMA e ser formado em filosofia, mas isso são outros 500 – e está no conselho de 3 empresas. Por conta dessa visão mais macro, diz que ainda enxerga os CTOs sem tanta influência nas decisões quanto deveria ser com o tema da tão em alta nos dias de hoje.

A ideia é ter o CTO como principal alvo, mas que esse profissional também traga para o IFTL outros líderes que trabalham com ele nos departamentos de tecnologia das companhias, como pessoas de produto e de dados.    

A ideia de rebatizar o negócio como instituto, não de universidade, faculdade, ou qualquer coisa do tipo não tem nada a ver com ser sem fins lucrativos (isso não está nos planos). A escolha pela denominação veio pela proposta do IFTL de fazer pesquisa e desenvolvimento de tecnologias – toolkits – que possam ajudar os líderes de tecnologia em seu dia a dia.

Hoje o IFTL tem dois programas: um voltado para CTOs, pelo qual já passaram 150 profissionais em 3 turmas; e outro para tech leads. A expectativa é criar novas vertentes e ter 12 cursos rodando em paralelo ao longo de 2023. Além dos cursos, está nos planos lançar uma comunidade para ex-alunos onde eles poderão discutir temas mais avançados e específicos, como um fórum sobre blockchain. Essa rede será oferecida como um pacote à parte.    

Com todas essas movimentações, o objetivo é chegar a uma receita de R$ 30 milhões em 2023. Em termos de custos, a operação não gasta tanto já que as aulas são todas online e só há um encontro presencial para networking entre os participantes. Nos próximos 12 meses, a equipe que hoje conta com 12 pessoas pode chegar a algo entre 25 e 30.

O lançamento do IFTL foi feito com investimento do próprio Thiago e a operação já paga as contas – ele ainda põe algum dinheiro na frente para garantir o fluxo de caixa necessário para o lançamento de novas turmas. Ele diz ter conversado com alguns fundos para levantar dinheiro, mas com o cenário atual, muitos estão postergando conversas. E como o negócio caminha com as próprias pernas, não há necessidade de um aporte no momento.  

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