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As coisas continuam complicadas para a Meta. A dona do Facebook planeja fazer demissões em larga escala esta semana, afetando milhares de funcionários, segundo reportou o The Wall Street Journal. Esse pode ser o maior layoff da recente onda de demissões em empresas de tecnologia, disse o jornal, citando pessoas familiarizadas com o assunto. O anúncio está previsto para quarta-feira (9) e a companhia já teria alertado seus mais de 87 mil funcionários a cancelar viagens não essenciais desta semana.

Em setembro, o Wall Street Journal reportou que a empresa de Mark Zuckerberg estava silenciosamente desligando alguns de seus funcionários em um esforço de reorganização interna. Outros colaboradores estariam recebendo oportunidades de se realocar em vagas abertas na empresa – uma medida para cortar postos de trabalho, sem acarretar diretamente em tantas demissões. Na época, o jornal antecipou que maiores cortes poderiam acontecer para que a companhia consiga reduzir seus custos em pelo menos 10% nos próximos meses.

Como parte de seus esforços para reduzir custos, a Meta optou por fechar em breve um de seus escritórios em Nova York, segundo noticiou a Bloomberg. Fontes ligadas à empresa afirmaram que a companhia terminará o seu contrato de aluguel na sede da 225 Park Avenue, em Manhattan, e não tem mais planos de crescimento na região.

De acordo com o Seeking Alpha, as ações da Meta despencaram mais de 35% no último mês e mais de 70% no acumulado do ano. As ações caíram 25% depois que o último relatório de lucros mostrou poucos sinais de progresso imediato que poderia trazer receita para compensar os gastos.

Crise nas Big Techs

As demissões na Meta acompanham um movimento global que vem afetando empresas de tecnologia nos últimos meses. A Intel, que vem enfrentando uma queda na demanda por PCs e servidores frente a uma recessão no mercado, reportou uma queda de 22% nas vendas e um prejuízo líquido de US$ 454 milhões no último trimestre. Após revisar sua receita anual e previsão de lucro, a companhia anunciou que as vendas totais em 2022 seriam US$ 11 bilhões abaixo do esperado.

O Twitter iniciou na última sexta (4) um passaralho global em sua força de trabalho de mais de 7,5 mil funcionários, inclusive com cortes no Brasil. As demissões poderiam chegar a 50% do quadro global, atingindo praticamente todas as áreas de negócio. O Washington Post divulgou recentemente que o bilionário Elon Musk planejava cortar até 75% da força de trabalho em questão de meses – uma informação ainda negada pela rede.

O movimento de cortes também chegou no Google. A gigante de tecnologia avisou os funcionários da sua incubadora de startups Area 120 que metade deles teria que buscar outros empregos em 90 dias. A Alphabet diminuiu o ritmo de contratações no Google, que hoje conta com cerca de 175 mil funcionários – 20% a mais do que o que tinha no ano passado. De acordo com o The Wall Street Journal, a Snap também enxugou as operações com o plano de demitir 25% dos colaboradores.

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