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Cria de um projeto dentro da Falconi, conhecida consultoria empresarial do país, a Spot está aos poucos começando a caminhar com as próprias pernas, deixando de ser apenas um produto para se firmar como uma divisão independente dentro da empresa – e mirando um spin-off no futuro.

O Spot foi desenvolvido em 2020 e lançado em 2021 como um projeto-piloto junto a uma demanda específica de um cliente do setor de farmácias, utilizando inteligência artificial para monitorar diariamente preços, produtos e lojas, identificando oportunidades e sugerindo ações de forma ágil.

“O projeto começou com uma loja, depois passou para dez, cinquenta e hoje está em todas as lojas deste cliente”, aponta Henrique Assis, head de Spot na Falconi, em entrevista ao Startups.

Funcionando como uma camada de AI em cima do ERP dos varejistas, o Spot diariamente dados de venda e estoque, que são levados para a nuvem, em que vários algoritmos entram em operação para a geração de insights. “É um fluxo diário de sugestões práticas”, diz Henrique. Segundo o executivo, a ferramenta gera um retorno de pelo menos cinco vezes o valor investido.

Com o sucesso do piloto, o projeto do Spot começou a ganhar tração, mirando especialmente clientes de médio porte, saindo um pouco do perfil conhecido da Falconi, que é o de atender principalmente grandes companhias.

De acordo com o executivo, o cliente de médio porte (faturamento de R$ 30 mi/ano) está no centro da estratégia da Spot, devido à capacidade de escala de automação da solução. Apesar disso, Henrique não descarta descer mais um pouco na pirâmide para prospectar clientes. “Temos um produto de setup rápido e baixo custo de implementação, o que nos permite ter clientes que faturam R$$ 3 bilhões no ano e outros que tem faturamento de R$ 1 milhão por mês”, revela.

Henrique Assis, Head de Spot na Falconi.
Henrique Assis, Head de Spot na Falconi (Foto: Divulgação)

“Depois que viramos uma solução independente dentro do portfólio (da Falconi), passamos a atender empresas fora da carteira da Falconi“, completa Henrique, apesar de não dar detalhes do quanto da atual base já está fora dos clientes atendidos pela empresa-mãe.

Segundo o líder da Spot, hoje a solução já é empregada em cerca de 900 lojas, e a meta da divisão é fechar o ano com 15 empresas utilizando a plataforma. Para suportar este crescimento, a Spot investiu em equipe – ela começou com 5 pessoas e hoje já passa de 20 – isso sem contar as atividades de backoffice, que ainda passam pelo administrativo da Falconi.

O melhor de dois mundos

Para o head da Spot, atualmente a companhia ainda aproveita o melhor de dois mundos, conseguindo operar com a agilidade de uma startup para escalar no mercado e continuar validando sua proposta de valor, mas também se beneficiando da estrutura da Falconi para prospectar clientes e sustentar sua operação.

Contudo, o plano da Spot não é ficar nessa por muito tempo, e quer seguir os passos de outros negócios internos da Falconi que viraram empresas com pernas próprias, como foi o caso da Dayway, plataforma SaaS de organização de rotinas de trabalho, e a FRST, plataforma corporativa de educação e aceleração de talentos.

“Estamos saindo da fase de tração e validação, estruturando internamente para ter uma operação sustentável quando nos tornarmos independentes”, explica Henrique, que também mira uma ida ao mercado para buscar investidores antes de “dar o salto”. “Não temos uma data precisa de quando isso deve acontecer, mas é coisa de curto prazo, de um a dois anos”, afirma.

Atualmente, a Spot ainda conta com o nome da Falconi em sua marca, que segundo Henrique ainda é um grande ativo para a atração de clientes. Contudo, para ele, a chancela também traz grande responsabilidade. “Não adianta ter a marca Falconi se não entregar qualidade, e é isso que faz o nosso nome, no final das contas”, completa.

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