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Netflix lança plano mais barato com ads, mas ainda está caro

Novo plano chega ao Brasil em novembro custando R$ 18,90, valor acima do praticado por concorrentes como Amazon Prime

Netflix controle
Crédito: canva

Agora é oficial: a Netflix anunciou o seu tão comentado plano econômico com anúncios (ads), uma alternativa para acalmar os ânimos daqueles que andavam achando o serviço da empresa caro em relação a outros players. Contudo, vale ressaltar um detalhe: apesar de mais barato, ele continua caro em comparação a alguns de seus principais concorrentes.

O novo plano, chamado Básico, custará R$ 18,90 por mês – R$ 7 reais mais barato que o atual plano mais econômico da companhia. Segundo revelou a companhia nesta quinta (13), a nova modalidade chegará ao Brasil e outros dez países (Canadá, México, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Austrália, Japão e Coreia do Sul) em novembro.

Apesar da promessa de um plano mais barato para seus assinantes, o valor anunciado ainda está acima de outros players concorrentes. O exemplo mais evidente é o do Amazon Prime Video, que recentemente aumentou o valor de sua mensalidade para R$ 14,90, valor que ainda é mais em conta que o pacote “econômico” da Netflix.

Quanto à qualidade do serviço, o novo plano ficará na resolução “não tão boa” de 720p (algo bem abaixo do atual padrão das TVs do mercado). A resolução 1080p fica para o plano standard, que custa R$ 39,90 e a opção do 4K fica para o bem mais salgado plano premium, que sai por R$ 55,90.

Para quem quer saber o quanto de comerciais o plano deve conter, a Netflix apontou que serão comerciais de 15 a 30 segundos. Segundo a empresa, a média de publicidade não deve passar de 4 a 5 minutos por hora de streaming, algo em linha do que a Disney anunciou que deverá fazer em seu tier com ads do Disney+ que ainda está pra ser lançado nos EUA.

Para estancar a sangria

O lançamento do novo tier de assinatura é a mais nova tentativa da gigante do streaming em estancar a sangria em suas contas, algo que só se agravou em 2022. A empresa acumulou perdas em sua base de assinantes nos dois primeiros trimestres do ano, o que inclusive resultou em cortes em sua força de trabalho.

Além disso, a opção pela inclusão de comerciais é outra tentativa de trazer novas fontes de receita. Para isso, a companhia inclusive firmou parcerias com nomes grandes do mercado publicitário como Nielsen, e de tecnologia como a Microsoft, trazendo junto a tecnologia de análise de métricas para seus anunciantes interessados.

Em junho passado, o Wall Street Journal também reportou que a Netflix está se aproximando de nomes grandes de mídia como pretende fazer parcerias com Google, Roku e NBCUniversal para impulsionar seu modelo com ads.