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Conhecida por sua ferramenta de prospecção de clientes, a Ramper está fazendo sua estreia no outro lado da moeda das estratégias de marketing: a atração de clientes por meio de estratégias como a geração de conteúdo, o inbound marketing. Para fazer isso, a companhia fechou sua 1ª aquisição, a LAHAR.

Com o negócio, que não teve seu valor revelado, a LAHAR deixa de existir como empresa e seus 18 funcionários serão integrados à equipe da Ramper – que chega a um total de 100 pessoas. Rafael Silva e Rodrigo Tucunduva, fundadores da LAHAR, se tornam sócios minoritários da Ramper, e seu produto passar a se chamar Ramper Marketing.

No mercado há 7 anos, a LAHAR diz em site ter mais de 700 clientes no Brasil e no exterior, mais de 5 milhões de contatos gerenciados e mais de 15 milhões de pessoas impactadas por mês com disparos de e-mail. Os preços variam do serviço de R$ 113 a R$ 3333, dependendo se a contratação for mensal ou anual e do volume de contatos.

A aquisição é o 2º passo da Ramper no sentido de deixar de ser uma “one hit wonder”. “A oportunidade que a gente enxerga é a de ser uma plataforma completa de geração de leads B2B. Tanto no inbound quanto no outbound. Essa divisão que existia entre as duas abordagens não existe mais com o amadurecimento do mercado. É muito mais poderoso ver os dois trabalhando juntos”, diz Ricardo Corrêa, fundador e presidente da Ramper.

Segundo ele, desenvolver uma ferramenta de inbound não seria tão simples, por isso a opção foi por comprar uma ferramenta já pronta e integrar ao portfólio da companhia. Em dezembro, quando a anunciou o lançamento de seu 2º produto, o Ramper Engage (esse desenvolvido internamente), Ricardo já tinha falado que as aquisições seriam uma parte da estratégia da companhia.

A estratégia de expansão está sendo financiada com uma rodada de R$ 8 milhões que a Ramper fez no começo do ano passado. O aporte foi liderado pela DOMO e contou com a participação da Smart Money Ventures, de Fábio Povoa, que já era investidora.  

Sem dar detalhes, Ricardo disse que um novo movimento está previsto ainda para o 1º semestre para acrescer uma 4ª oferta ao portfólio da Ramper.  

Com uma receita que chegou a R$ 10 milhões no ano passado, a Ramper projeta dobrar de tamanho em 2022. O plano da companhia é chegar a R$ 100 milhões nos próximos anos.

Volta às origens

A entrada no segmento de inbound é, de certa forma, uma volta às origens para a Ramper. Quando começou a agência Siteina, em 2012, o plano de Ricardo era atuar com inbound.

Só que na mesma época, uma outra companhia já estava crescendo e despontando nessa área: a RD Station. A saída, então foi pegar um caminho tangente, indo para o outbound, um segmento que ainda era pouco explorado no Brasil naquele momento.

Na avaliação de Ricardo, o momento agora é de trazer mais opções ao mercado, que hoje tem que escolher entre ferramentas estrangeiras – que estão muito caras por conta da valorização do dólar – e de um player nacional (Olá, Totvs/RD Station!). “Foi uma tangente muito boa que a gente pegou. Hoje estamos muito mais preparados para atender as adjacências”, diz o fundador.   

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