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A musictech Moises acaba de receber um seed de US$ 8,65 milhões (cerca de R$ 44 milhões) liderado pela gestora brasileira Monashees e pelo Kickstart Fund, fundo do estado americano de Utah. Também participaram da rodada a Norwest, Toba Capital, Alumni Ventures, Goodwater e Valutia. O novo aporte chega um ano depois de o Startups escrever sobre a 1ª captação da companhia, de US$ 1,6 milhão.

Recentemente, o app de música criado pelos brasileiros Geraldo Ramos, Eddie Hsu e Jardson Almeida, alcançou o primeiro lugar na App Store dos Estados Unidos. Registrado em 33 idiomas, o aplicativo já é usado por mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.

Segundo a empresa, o novo aporte permitirá a expansão de sua atuação com novos produtos. Recentemente, a Moises lançou uma nova ferramenta de assistente de composição para ajudar os músicos a criarem músicas com a ajuda de inteligência artificial, tecnologia que é a principal aposta da startup para crescer.

“Embora Moises seja conhecido principalmente por seu conjunto de ferramentas para músicos, nosso escopo é muito maior. Pretendemos liderar uma nova geração de tecnologias de IA e nos tornarmos um provedor de serviços para o setor”, afirma Geraldo, em nota. A rodada também possibilitará a pesquisa de novos algoritmos e viabilizará a expansão de parcerias B2B, já que grandes players do setor vêm testando o app. 

Geraldo Ramos, um dos fundadores da Moises (Foto: Divulgação)

Facilitando a vida de músicos

O aplicativo de música criado pela Moises permite aos músicos, por meio de inteligência artificial, poder isolar ou remover partes de uma música, reconhecer acordes, transcrever letras e detectar batidas. Em termos práticos, isso significa tirar o som da guitarra ou de um outro instrumento para que um músico possa praticar, ou tirar a voz de quem canta para fazer as vezes do artista – seja por dever profissional, ou por hobby.

Inclusive, a principal funcionalidade do app em separar qualquer música em suas partes originais isoladas tem tudo a ver com o nome da startup, que faz referência ao personagem bíblico que separou o Mar Vermelho para a passagem dos israelitas.

Músicos, compositores e produtores brasileiros como Lucas Lima, Alexandre Kassin, DJ Memê e Eloy Casagrande, da banda Sepultura, já revelaram ser adeptos do aplicativo. O vencedor do Grammy e tecladista americano Jordan Rudess se tornou o primeiro embaixador da marca.

Atualmente, mais de 50 funcionários da startup se distribuem pela sede em Salt Lake City, no Estado de Utah, nos EUA, além do hub em João Pessoa, na Paraíba, estabelecido no início do ano passado — lembrando que a tecnologia de IA da Moises foi desenvolvida em conjunto com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 

“Pretendemos ajudar a indústria da música a avançar, agregando novo valor para todo o ecossistema, incluindo gravadoras, editoras, distribuidores e, o mais importante, para os músicos”, reforça o cofundador Geraldo.

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