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Dizer que ser mulher não é nada fácil, em pleno 2022, é quase chover no molhado. Sobrecarga, desigualdade de oportunidades, falta de equidade de remuneração… e a lista continua. Apesar de uma luta por direitos cada vez mais evidente, os desafios para trabalhar e empreender, como o baixo acesso às vagas, menos investimentos e falta de acolhimento nas organizações, permanecem – e precisam ser debatidos para se chegar a uma sociedade cada vez mais igualitária.

“Muitas coisas que aceitei no passado, não aceito mais, embora isso tenha demorado para acontecer”, afirma Andrea Spinelli, diretora financeira da Movile. Para ela, projetos de mentoria e grupos femininos de networking são essenciais para apoiar a jornada das mulheres no mercado de trabalho e transformar a realidade atual. “Acho que eu não teria conseguido chegar onde estou sem nenhum suporte. Ter uma rede com outras mulheres permite que a gente se apoie e ganhe mais confiança. É muito importante conversar sobre as nossas dificuldades e trocar experiências”, explica.

A executiva participou do Startups: substantivo feminino e plural, minissérie especial sobre liderança e empreendedorismo feminino lançada pelos podcasts MVP, do Startups, e Brutal Facts, da Movile. Ao longo de 3 episódios, conversaremos com diversas mulheres do ecossistema de inovação – executivas, líderes, investidoras – em papos retos, sinceros e sem firula, mas com muitos insights e acolhimento. O primeiro episódio já está disponível nas principais plataformas. Para ouvir, é só clicar aqui.

Durante a conversa, Andrea refletiu também sobre a figura do CFO, que cada vez mais assume uma função bastante estratégica nas startups. Mais do que olhar números, é preciso entender o negócio como um todo e apoiar seu desenvolvimento. “É impossível ter uma visão de negócios se você não trabalhar como um parceiro, ao invés de apenas pegar números, fechar transações e fazer projeções”, argumenta.

Segundo a executiva, esse perfil possibilita que as empresas tenham ganhos de escala e eficiência com bons processos. Mas também ganhem flexibilidade para que quando novas ideias sejam criadas, possam ser absorvidas e não imediatamente rejeitadas. Em termos de habilidades essenciais para o diretor financeiro, ela diz valorizar muito mais soft skills do que aspectos técnicos.

“Além de flexibilidade, é preciso ser transparente na hora de trazer os pontos de preocupação. Que atue realmente como um parceiro que quer o crescimento do negócio, mas que para a melhor tomada de decisão traz os riscos para que sejam ponderados diferentes cenários e que ninguém seja pego de surpresa”, explica.

No momento atual, com alta nas taxas de juros, ondas de demissões e diminuição do dinheiro farto, é preciso se adaptar. “Um bom setor financeiro pode lidar com a situação criando diferentes cenários. Posso estar no melhor período, mas arrumo o telhado quando está fazendo Sol – não espero pela chuva”, diz Andrea.

Confira o 1º episódio:

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