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A plataforma de investimentos TC resolveu dar um tapa no visual e lançou hoje uma nova marca. O rebranding vem acompanhado de uma reorganização do portfólio da companhia, que agora passa a se dividir entre as ofertas para empresas (TC Empresas) e pessoas físicas. Novas ferramentas e uma nova organização dos conteúdos na área logada – com um feed único a la news feed do Facebook – também fazem parte das mudanças.

De acordo com Leticia Banheti, head de branding do TC, o processo de rebranding não começou pela necessidade de um face lift, mas sim de melhorar a apresentação e a comunicação do que a companhia faz. “Vimos o TC se expandir muito nos últimos anos. A quantidade de ferramentas disponíveis e de usos cresceu exponencialmente e veio a necessidade de rediscutir o portfólio, agrupando algumas funcionalidades e simplificando a forma de se comunicar”, conta.

A nova marca adotou o verde como cor principal em detrimento do antigo azul. A comunicação também vai trabalhar com mais elementos gráficos e ilustrações. Segundo Omar Ajame, diretor de marketing do TC, a escolha do verde tem o objetivo de remeter aos ganhos das operações no mercado, mas o tom escolhido busca passar uma perspectiva mais humana. “É o sucesso com calor humano”, diz. O plano é não “gastar” o novo logo colocando-o em todas as comunicações. Preto, branco e cinza estarão mais presentes no dia a dia das ferramentas.

Histórico

O TC nasceu há 5 anos como uma comunidade no WhatsApp para pessoas interessadas em trocar dicas e conteúdos sobre investimentos. O negócio cresceu de forma acelerada e, em meados de 2021 chegou à bolsa.

A listagem na B3 tinha como principal objetivo a captação de recursos para aquisições. E a companhia tem seguido esse plano com negpcios como a compra da Economática e da RI Web (rebatizada como Prisma). O apetite e os movimentos do TC frequentemente levantam dúvidas sobre o que a companhia realmente faz e para onde ela está indo.

Segundo Omar, esse direcionamento sempre esteve claro: ser o one stop shop para o investidor, desde o mais iniciante até o mais profissional. “Mas o que você precisa ter para cumprir isso muda com o tempo, as ofertas se ampliam”, explica. De acordo com ele, agora tudo está sendo conectado para parecer que a companhia nasceu dessa forma.

A atuação do TC está dividida em 4 pilares: educação, informação (central de notícias, rádio etc.), dados e comunidade. No momento, a companhia está entrando no que o executivo classifica omo fase transacional, em que as operações de investimento poderão ser feitas dentro da própria plataforma.

Ataques ao TC

O rebrading do TC chega em meio a um ataque à reputação da companhia. A algumas semanas começou a circular em grupos de WhatsApp um vídeo de autoria desconhecida com acusações pesadas contra o TC e seus adminstradores. A promessa era que mais informações fossem divulgadas. Mas até agora um 2º vídeo não apareceu.

Para a companhia, o vídeo é obra da Empiricus, casa de análise conhecida por seu marketing agressivo e que tem recomendado operações que apostam na queda do valor dos papéis do TC (o famoso short). Ontem o TC apresentou um programa de recompensa no qual se oferece a pagar R$ 500 mil a quem tiver informações sobre a autoria do vídeo. No acumulado do ano, o recuo na ação é de mais de 20%.

Omar garante que a mudança não tem nada a ver com esse episódio. O plano original era ter a nova marca no ar em julho, mas internamente, a equipe de produto pediu para adiar para que a virada acontecesse junto com o lançamento de algumas novidades. “Ainda bem que não aconteceu senão isso teria sido ofuscado”, comenta.

Sobre o imbróglio, Omar diz que a companhia está assessorada por um time “maravilhoso e muito competente de advogados” e não vai se abalar, nem deixar isso barato. “É um crime contra o TC e contra o mercado de capitais. Estamos de cara limpa, sem nos esconder atrás de máscaras”, diz ele fazendo uma referência ao vídeo apócrifo que traz uma mulher com cara pintada de palhaço fazendo a acusações. “O crime é o vídeo. É uma dissonância cognitiva maluca. É chato, mas temos que tratar com a seriedade necessária”, completa.

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