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Uma das principais referências de blockchain e cripto, a Transfero tem se aproximado cada vez mais do ecossistema de startups. Responsável por trazer o WebSummit para o Rio de Janeiro, Rodrigo Stallone, diretor comercial da companhia, conta que está estudando transferir o braço educacional da empresa, a Transfero Academy, para o Porto Maravalley – o hub de inovação que está sendo criado na região portuária da capital fluminense.

O braço educacional da Transfero dividiria o espaço com o ImpaTech, a graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), cuja primeira turma dará início às aulas em abril. Em entrevista ao Startups, Rodrigo explica que a Transfero vinha atuando como consultoria para criar uma vertical de blockchain no que ele chamou de Universidade Maravalley.

“A parte de educação está andando, com o ImpaTech. A parte de inovação ainda está em fase embrionária, e temos ajudado o Rio Energy Hub nesse trabalho de trazer o funding para a operação. Assim que estiver bem encaminhada essa parte, é bem capaz que boa parte das aulas da Transfero Academy seja lá”, diz.

Qualificação

A Transfero Academy é um programa que ensina jovens de comunidades de baixa renda a programarem em Solidity, a linguagem criada pela Ethereum para programar contratos inteligentes. Hoje, as aulas acontecem de forma híbrida, sendo a maior parte remota e cerca de 20% presencial, no escritório da Transfero. Segundo Rodrigo, boa parte dos alunos acaba sendo contratada no fim do curso.

Para o executivo, concentrar no mesmo local as instituições de ensino que irão qualificar os jovens para o mercado de inovação ajuda a enriquecer o ecossistema que está sendo criado no Porto, que “está no caminho certo”. Rodrigo, que foi CEO da InvestRio antes de ir para a Transfero, acredita que a região está no “primeiro terço de um projeto que daqui a 20 anos será modelo”.

“É questão de tempo até o Rio de tornar a capital da inovação. Hoje tem venture capital se instalando na cidade, tem a parte de educação ganhando mais um espaço, tem a parte de criação de comunidade e de narrativa, com o WebSummit, o Rio Innovation Week. E por fim tem o apoio do governo em cima disso, com o ISS reduzido no Porto. Os últimos dois anos no Rio têm sido bastante impressionantes”, destaca.

Transfero Ventures

A Transfero também lançou, no fim do ano passado, um braço de venture capital em parceria com a Fuse, gestora de VC especializada em blockchain. “Trocamos inteligências para empresas de Web3 com potencial de serem disruptivas”, afirma Rodrigo.

A joint venture se chama BRX e é uma empresa que reúne os projetos que são financiados pelo VC. Um dos projetos fruto dessa parceria é o Kona Finance, plataforma de crédito em blockchain. A Transfero e a Fuse também estão entre as empresas que participaram da rodada de investimentos da Credix em 2021. A startup criou um marketplace de crédito que opera com DeFi (finanças descentralizadas).

“A próxima grande onda é, agora que a gente entende o blockchain, descobrir como podemos melhorar os processos usando essa tecnologia. A parte de ventures está sempre tentando se adiantar a essa onda para atender ao mercado tradicional com foco no DeFi”, conta.

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