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A área de asset management da Warren Investimentos agora tem pernas próprias. A empresa anunciou que a gestora, responsável pela criação e manutenção dos fundos de investimentos do grupo, agora é independente. A novidade também vem acompanhada da criação de uma marca própria para a divisão: agora ela se chama Asset Management Warren (AMW).

A gestora já nasce com R$ 1,5 bilhão sob gestão em seus fundos, assim como está sob novo comando: Celson Placido é o CEO da marca, coordenando os trabalhos ao lado do sócio Igor Cavaca, que atuará como líder de gestão de investimentos da AMW.

Com a reorganização de marcas, o plano da Warren é permitir que sua divisão de asset management consiga crescer “fora de casa”, ganhando capilaridade com seus fundos e produtos em outras instituições financeiras. Em termos de números, a meta é dobrar o valor sob gestão – ou seja, passar dos R$ 3 bilhões em ativos geridos.

“Fizemos essa reorganização para que consigamos distribuir os fundos nas outras plataformas, para investidores institucionais e também family offices, tudo isso contando com uma estrutura de governança alinhada com o investidor”, declara Celson Placido, em nota. Segundo a companhia, a AMW já está em negociação com outras casas do mercado para distribuição dos seus produtos.

Falando em reorganização, a mudança de marca também representou um “mexe” na carteira da gestora. No ano passado, o movimento foi iniciado quando a Warren passou para a Vórtx o controle de R$ 10 bilhões em ativos de administração fiduciária, para focar em produtos de wealth management e tornar sua estrutura mais enxuta – aliás, 2023 foi o ano em que a Warren se tornou rentável, batendo o breakeven no primeiro semestre.

“A decisão de sair para canais externos é parte de um processo de maturação, aproveitando o nosso track record e o reconhecimento que conquistamos no mercado. Inclusive, muitos clientes solicitam produtos nossos para agentes autônomos, vendo o retorno que estamos entregando nos fundos”, revela Celson, em conversa com o Startups.

Reorganizando

Para criar a marca AMW, a gestora reestruturou fundos, juntou carteiras e reviu toda a sua oferta para recomeçar com um portfólio renovado. A empresa fechou 2023 com 16 fundos disponíveis, com 7 fundos de renda fixa e crédito, 7 fundos de renda variável e multimercado e 2 fundos de previdência.

“A nossa ideia é reduzir nossa grande de renda variável saindo de uma estrutura de 6 fundos para 2 fundos de ações, um focado em ações brasileiras e outro focado em ações internacionais. Para grade de RF e Crédito, não devemos ter alterações pois é a grade que veio se consolidando e crescendo nos últimos anos com produtos para diversos perfis de risco”, afirma Celson.

Celson Placido, CEO (à direita) e Igor Cavaca, sócio e líder de gestão de investimentos da AMW
Celson Placido, CEO (à direita) e Igor Cavaca, sócio e líder de gestão de investimentos da AMW (Foto: Divulgação)

Segundo a própria AMW, os destaques estão nos fundos de renda fixa, como o Warren Vênus, que somou um PL de R$ 270 milhões em 2023 – crescimento de 100% em comparação ao mesmo período do ano passado; o Warren Cash Clash, de caixa, e o Warren Artemis, de previdência privada. No geral, mesmo em um ano difícil no mercado de crédito, a empresa destacou que teve um crescimento aproximado de 20%, puxado especialmente pelos produtos de renda fixa.

Para Igor Cavaca, Head de Asset Management da AMW, os resultados positivos se devem à estratégia adotada, seu grande diferencial em relação às demais casas do mercado. “Adotamos uma abordagem inovadora no mercado de renda fixa brasileiro, fundamentada na metodologia de investimentos por fatores. Com uma perspectiva mais sistemática, buscamos mitigar os riscos ao pulverizar nossa carteira, promovendo assim uma ampla diversificação”, explica.

A criação da nova divisão se soma a outros esforços que a Warren realizou nos últimos anos para segmentar suas ofertas. Ela já conta com uma corretora institucional, a Warren Rena, um ecossistema para o atendimento do profissional financeiro, o Warren Pro e, ainda, soluções de câmbio, seguros, previdência e mercado de capitais. No geral, a empresa conta com cerca de R$ 20 bilhões em ativos sob gestão.

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