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No ano passado, na nossa coluna Além da Faria Lima, falamos sobre a Cogtive, startup goiana que desenvolve soluções com inteligência artificial para gestão digital e identificação de gargalos no chão de fábrica. Na época, a companhia estava crescendo apenas no bootstrapping, mas as coisas mudaram: ela acaba de levantar R$ 10 milhões com a Indicator Capital.

A startup de Anápolis é a mais nova investida do Fundo Indicator 2, voltado a negócios com soluções para Internet das Coisas (IoT). Com a rodada seed, a Cogtive pretende investir mais no desenvolvimento de seu produto, mas também deve intensificar suas ações de expansão comercial.

“Queremos ampliar nossa atuação nos colocando como solução número 1 em ganho de produtividade na manufatura, especialmente para os segmentos industriais de farmacêuticas, saúde animal, cosméticos, alimentos e bebidas, tintas e químicos na América Latina”, adianta o CEO da Cogtive, Reginaldo Ribeiro, em nota.

A tecnologia da startup otimiza a capacidade de gestão das equipes de produção e eficiência operacional em indústrias de manufatura de diferentes portes e níveis de maturidade, através da utilização de IA e digital twin para analisar processos e reduzir gargalos no chão de fábrica.

De acordo com a startup, a plataforma atende desde companhias iniciantes na jornada digital, que ainda não coletam dados, até as que já possuem ferramentas mais avançadas e maior governança industrial, como é o caso da Apsen Farmacêutica e a Ourofino Saúde Animal, duas clientes da startup.

Segundo destaca a companhia, a partir do cruzamento de dados, a solução permite ter uma visão completa do ‘chão de fábrica’, analisando a eficiência das máquinas individualmente e garantindo o entendimento de todas as áreas do fluxo de produção. Por exemplo, a Apsen conseguiu reduzir em 46% o tempo de fabricação dos seus produtos e a Ourofino aumentou em 29% a performance média dos seus equipamentos.

A empresa não divulgou dados de 2023, mas segundo o papo que Reinaldo Ribeiro teve com o Startups em setembro do ano passado, a startup cresceu 60% de 2021 para 2022, e a meta para 2023 era de crescer 100%.

De acordo com o founder da Cogtive, agora o foco é mostrar sua solução e seus benefícios a um número maior de empresas, expandindo sua carteira não apenas no Brasil. “Vamos agregar ainda mais valor, atender cada vez mais as necessidades desses líderes industriais. Além disso, queremos ampliar ainda mais nossas fronteiras no exterior, principalmente no mercado latino-americano”, destaca Reginaldo.

Para o cofundador da Indicator Capital, Thomas Bittar, a Cogtive se encaixa perfeitamente na tese de Indústria 4.0 do fundo de Internet das Coisas. “Inserida em um ambiente industrial que representa quase um quarto do PIB do país, a empresa possui um enorme potencial a ser explorado no mercado nacional”, avalia.

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