Conhecer o mercado de criptomoedas e ativos digitais nem sempre quer dizer que se ENTENDE este novo e ainda um tanto complexo mercado. Em meio a conceitos como criptomoedas, criptoativos, blockchain, web3, NFTs e mineração, entre outros – é preciso compreender como a “máquina” toda funciona.
E é com esse objetivo de “destrinchar” com você alguns dos mitos e abordagens superficiais do assunto que criamos este conteúdo especial em parceria com a Arthur Mining. É a primeira série de Branded Knowledge aqui no Startups: Digital Trust.
Confira os três primeiros conteúdos:
- O que você precisa saber para caminhar seguro no terreno dos ativos digitais
- Vamos por partes
- O que você precisa saber sobre mineração, mas não teve a chance de perguntar
Parte 4 – Mineração de ativos digitais: uma oportunidade de investimento?
Assim como hoje os investimentos em criptomoedas deixaram de ser apenas opções para aqueles mais corajosos ou que têm gosto por estar à frente das tendências, o mercado de mineração de ativos digitais vive um momento bastante distinto.
Em nosso texto anterior da série – caso você não tenha lido ainda, clique aqui para ficar ainda mais por dentro – falamos sobre os mitos que as muitas mineradoras estão aos poucos derrubando, especialmente na questão do consumo energético que este tipo de operação exige.
Entretanto, outro ponto importante que destacamos foi a questão de como as mineradoras hoje vivem um momento de profissionalização de suas atividades. Ou seja, hoje em dia não é mais viável ter um negócio de mineração em casa, dado o custo energético e os investimentos em equipamentos de alto poder computacional. Hoje a mineração é um mercado disputado por operações de larga escala, inclusive com algumas delas se tornando públicas, chamando a atenção para investidores de alto escalão.
Mas antes de entrar especificamente na parte de como o investimento em mineradoras se tornou um negócio relevante, acho que vale uma aulinha rápida.
Como uma mineradora de ativos digitais lucra?
Como todo negócio, uma mineradora de ativos digitais tem como preocupação obter eficiência, a fim de gerar lucro e retorno sobre o alto investimento que a operação exige. Isso é possível por meio de práticas econômicas no uso de energia (fontes renováveis ou aproveitamento de subprodutos que seriam descartados por outras indústrias) e também no uso de sua infraestrutura computacional.
Além disso, lidar com a volatilidade é outro ponto essencial. Visto que a mineração é diretamente ligada ao preço do bitcoin, as movimentações do mercado afetam diretamente os negócios. Inclusive, alguns mineradores têm como prática desligar suas máquinas quando o preço da moeda cai, já que o preço da conta de energia é alto.
Por outro lado, as mineradoras que investem em eficiência são as que têm maior capacidade de continuar operando com um mercado em baixa, produzindo mais ativos e consequentemente gerando mais receita, se mantendo positivamente à frente do mercado. E são justamente essas empresas que se tornam destaque no segmento, atraindo a atenção de investidores.
Mineração como um investimento de renda fixa?
Em um mercado onde investidores ainda têm como preferência a segurança, a opção por criptomoedas ou mineradoras ainda tem um bom caminho a percorrer. No entanto, o bitcoin e outros ativos digitais vêm crescendo em confiança e diminuindo sua volatilidade, com mais pessoas comprando moedas ou mesmo big players fazendo movimentos para ter uma fatia de bolo no mercado cripto.
De acordo com um estudo da Binance e da Triple A, o Brasil atualmente é o quinto maior mercado de criptomoedas no planeta, ficando atrás da Índia, EUA, Rússia e Nigéria. Atualmente, mais de 10 milhões de brasileiros investem no ativo, superando amplamente os cerca de 4 milhões de investidores brasileiros na B3.
Mas ok, e quanto às mineradoras? Como elas também podem se tornar uma opção confiável de investimento? Segundo destacam especialistas da área, a mineração de bitcoin é capaz de gerar caixa constante, porque é possível mitigar riscos envolvendo volatilidade, já que a ótica é o custo de produção e não o preço. Embora haja a geração de novos ativos, os mineradores também ganham no processo com as taxas de transação de rede da blockchain.
E outra coisa: como já falamos antes nesse texto, dependendo da sua eficiência operacional, mineradores podem até independer do desempenho do bitcoin em determinado momento, mantendo um fluxo de caixa da mineração continuamente positivo por conta da atividade.
Ao atingir este grau de maturidade, muitas mineradoras se tornam públicas. Atualmente, várias estão listadas na bolsa, recebendo aportes de grandes gestoras. BlackRock, Fidelity, Morgan Stanley e Vanguard, são exemplos de gestoras de ativos que decidiram fazer aportes em empresas de mineração, e Marathon Digital Holdings (NASDAQ: MARA), Riot Blockchain (NASDAQ: RIOT) e Cipher Mining Inc. (NASDAQ: CIFR) são exemplos de sucesso no ramo.
“Com uma operação de capital intensivo e onde o custo de capital é, consequentemente, chave, ter acesso ao mercado de capitais como uma empresa pública é fundamental. Atualmente, nós já somos mais eficientes em todos os indicadores de performance em comparação com as mineradoras listadas, então agora estamos no processo de scale-up da Arthur Mining para fazer uma oferta pública de ações em 2023”, afirma Raymond Nasser, CEO da Arthur Mining.
Quem pode investir em mineração? E como pode investir?
A mineração de bitcoin não se trata de um investimento para o investidor de varejo. Para se manter seguro no mercado e mitigar riscos com volatilidade, os investidores institucionais buscam ativos que possam oferecer renda fixa. Isso até é possível em alguns investimentos em cripto, mas
tem um potencial distinto do investimento direto em mineração.
Os grandes gestores de ativos do mundo – e quando falamos GRANDES, nos referimos a empresas que administram trilhões de dólares – decidiram investir no bitcoin, mas com uma abordagem mais ambiciosa: em vez de comprar ativos diretamente, elas estão investindo em empresas de mineração como as que citamos mais acima.
Esse movimento reflete o interesse dos “peixes grandes” de estarem posicionados em um ativo que vem servindo como hedge, mas sem enfrentar as eventuais volatilidades que o bitcoin ainda apresenta. Além disso, é um sinal muito claro de que os big players estão sim inseridos na indústria de criptomoedas e ativos digitais, mas através de fundos, ações tradicionais, títulos de dívidas, entre outros.
E se olharmos os números, a estratégia anda funcionando. Nos últimos 12 meses as ações da Marathon, por exemplo, subiram cerca de 754% e da Riot, 864%. Enquanto isso o bitcoin subiu cerca de 221% no mesmo período.
“Com um EBITDA ajustado de 70.61% no quarto trimestre de 2021, faz todo o sentido para investidores institucionais estarem de olho em mineradoras, como é o caso da Arthur Mining. No momento, o investidor de varejo consegue ter acesso ao investir nas ações das mineradoras listadas nos EUA, caso já invista no exterior, mas por se tratar de uma operação de capital intensivo, acaba sendo inviável para o investimento ser feito em menor escala”, explica Rudá Pellini, presidente da Arthur Mining.
E aí, gostou?
Chegamos ao final da Digital Trust, primeira série de Branded Knowledge aqui do Startups, um material criado e trazido para você em parceria com a Arthur Mining, para explicar a fundo o mercado de ativos digitais e mineração. Esperamos que tenha gostado.
Se quiser conferir os textos anteriores da série, é só clicar nos links abaixo: