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Digital Trust: O que você precisa saber sobre Mineração, mas não teve a chance de perguntar

Conteúdo Especial

Digital Trust: O que você precisa saber sobre Mineração, mas não teve a chance de perguntar

Conhecer o mercado de criptomoedas e ativos digitais nem sempre quer dizer que se ENTENDE este novo e ainda um tanto complexo mercado. Em meio a conceitos como criptomoedas, criptoativos, blockchain, web3, NFTs e mineração, entre outros – é preciso compreender como a “máquina” toda funciona.

E é com esse objetivo de “destrinchar” com você alguns dos mitos e abordagens superficiais do assunto que criamos este conteúdo especial em parceria com a Arthur Mining. É a primeira série de Branded Knowledge aqui no Startups: Digital Trust.

Confira as duas primeiras partes do conteúdo:

Parte 3 – O que você precisa saber sobre Mineração, mas não teve a chance de perguntar

Vamos começar com uma coisa que provavelmente você já sabe, e que inclusive já comentamos no texto anterior aqui da série, mas é importante par[a reforçar: mineração tem sim um alto consumo energético. Segundo um estudo da Universidade de Cambridge, a rede de mineração do Bitcoin consome aproximadamente 120 terawatt-hora de energia anualmente. Isso equivale a sete vezes o consumo de energia de toda a infraestrutura do Google.

Com informações assim, não fica difícil pensar nos impactos que ela pode trazer à sociedade, inclusive gerando olhares desconfiados de muitos. Contudo, como já falamos em outros momentos dessa série de conteúdos, observando de perto é que dá pra perceber como nem tudo é tão simples assim.

Só pra ter uma ideia como o consumo energético pode ter impactos das mais diferentes formas, vamos levar em consideração um estudo da Universidade de Cambridge. Segundo observou a universidade, somente nos EUA os dispositivos domésticos que permanecem sempre ligados, mas inativos (o famoso stand-by mode), consomem anualmente o equivalente a toda a rede do Bitcoin em 19 meses. Então vamos a mais um texto de informações pra gente pensar mais sobre esse cenário todo.

Muito distante dos PCs em uma garagem

Hoje o mercado de mineração de criptomoedas e ativos digitais já percorreu um longo caminho desde os modestos PCs que faziam este trabalho há mais de 10 anos atrás.

Falamos de equipamentos e sistemas cada vez mais otimizados para esta atividade. O investimento em energia é essencial para a infraestrutura de mineração, com as ASICs e os coolers de refrigeração. Como as ASICs liberam muito calor, é necessário um equipamento de refrigeração para manter as máquinas em uma temperatura constante, de modo que elas mantenham a melhor eficiência possível.

Para quem não sabe, as ASICs são os equipamentos utilizados para minerar bitcoins, e a cada ano eles se tornam mais desenvolvidos e eficientes. Uma máquina S7 de 2015 consumia 273w/th enquanto S19 atuais consomem 29.5w/th, praticamente 1000% de redução no consumo de ASICs em 5 anos.

Ainda assim, estamos falando de um mercado em expansão constante, e altamente competitivo. Ou seja, quanto mais competição, mais poder computacional se exige, e mais energia se consome. À primeira vista parece algo ruim, mas vamos examinar isso com calma.

Mineração e profissionalização

Uma crescente competição também pode representar crescente profissionalização. E é exatamente por esse processo que as mineradoras estão passando nos últimos anos. Afinal de contas, estamos falando de um mercado que gera cerca de US$ 13 bilhões de receita todo ano, isso se apenas levarmos em consideração o Bitcoin.

À medida que o interesse em mineração cresce e se torna mais profissionalizado, mineradores investem em meios de aumentar suas chances de obter mais espaços no blockchain, colhendo as recompensas. Atualmente, os principais representantes deste mercado estão na Europa e Ásia, especialmente na China.

Mas diversos players na América do Norte e América Latina também estão ganhando espaço, criando operações enterprise-level, investindo em operações mais eficientes e robustas para minerar e competir no topo.

“O mercado de mineração está passando por uma grande transformação em termos de profissionalização e crescimento. Já temos cerca de 10 mineradoras com ações negociadas nas bolsas americanas, mas a maioria ainda com pouca eficiência operacional e pouquíssimo volume em termos de M&A. A nossa tese para a Arthur é justamente focar no desenvolvimento de tecnologia em software e hardware para otimizar ainda mais essa eficiência e apostar no início dessa consolidação de mercado, como ocorreu com o mercado de infraestrutura de internet nos anos 2000”, aponta Rudá Pellini, Presidente da Arthur Mining.

Regulação e energia

Outro indicativo de como a mineração de ativos digitais se encontra em um novo patamar atualmente tem a ver com regulação – e isso pode valer tanto para o bem quanto para o mal. Embora muitos países têm atacado a mineração como uma atividade de impacto negativo no meio ambiente, a regulamentação também abriu espaço para uma discussão sobre o uso sustentável de recursos energéticos.

Segundo o estudo da Universidade de Cambridge que comentamos mais no começo do texto, e que foi lançado no final de 2020, apenas 39% da rede Bitcoin opera com fontes renováveis de energia.

E é com este foco que as principais empresas de mineração estão trabalhando no momento, aproveitando oportunidades para criar o que se chamada de mineração verde, cada vez mais em compliance com práticas ESG (Meio Ambiente, Social e Governança), ganhando confiança do ponto de vista de consciência ambiental e também robustez em seus modelos de negócio.

A mineração verde aos poucos está ganhando terreno no mercado tradicional, inclusive com empresas desenvolvendo ETFs de bitcoin com uma proposta mais sustentável do ponto de vista ambiental. No Brasil, a Hashdex, uma das maiores gestoras de criptoativos foi a primeira a lançar um ETF de “Bitcoin Verde” (BITH11), com o objetivo de neutralizar as emissões de carbono.

Esta movimentação não é de poucos. Mais de 200 empresas hoje fazem parte do Crypto Climate Accord, lançado em 2021 com o objetivo de reduzir as emissões de carbono em suas operações para zero até 2030.

Segundo alguns especialistas apontam, aos poucos está começando a se diferenciar os players de mineração, entre os que operam de forma com maior ou menor impacto sobre o meio ambiente, e isso também pode gerar uma consolidação do mercado em alguma maneira.

Mais eficiência

Mas as formas pela qual a mineração pode se tornar ainda mais sustentável e confiável nos próximos anos não ficam apenas no uso inteligente de fontes energéticas. Tem a ver também com a tecnologia para tornar este consumo ainda mais eficiente.

Algumas novas criptomoedas, como Cardano ou Binance, estão usando modelos diferentes da tal “prova de trabalho”, que é considerada um dos principais elementos de consumo na estrutura do bitcoin. O novo modelo, chamado “proof of stake”, envolve colocar as próprias moedas do minerador para as transações, em vez de resolver problemas computacionais.

O Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo, já cogita mudar para o formato “proof of stake” em 2022, um movimento que pode sacudir o cenário e ditar o exemplo para o segmento de mineração, ganhando em eficiência, sustentabilidade e também em solidez.

E por falar em solidez junto ao mercado, todas estas movimentações também jogam luz sobre as oportunidades que as operações de mineração apresentam como um investimento. À medida que novas tecnologias estão também transformando este processo, os mineradores saem aos poucos das pré-concepções e passam a ser vistos como negócios promissores.

Entretanto, vamos deixar este assunto para a semana que vem. Ah, e se você perdeu algum dos textos anteriores da nossa série Digital Trust, aproveita e já confere aí embaixo: