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Que ciranda maluca é essa que está rolando no Hurb (antigo Hotel Urbano)? Há meses vivendo turbulências em função de problemas nas entregas de seus pacotes de viagens vendidos, a empresa acabou de ver a saída de mais um CEO. 40 dias depois de assumir o cargo, Otávio Brissant renunciou ao posto.

Em mensagem nas redes sociais, Otávio afirmou que cumpriu sua missão à frente da companhia, apesar do pouco tempo na liderança, “ao construir e apresentar caminhos viáveis para a reestruturação da empresa”.

“Fiz tudo que estava ao meu alcance. Retomamos o diálogo com instituições financeiras e com órgãos reguladores e governamentais. Conseguimos mobilizar uma grande força-tarefa para atender clientes, hotéis e fornecedores”, escreveu Brissant. “Construímos alternativas com potencial para ajudar a empresa a se recuperar operacional e financeiramente, que não obtiveram consenso”, destacou o ex-CEO.

E volta o cão arrependido

Agora vem a parte interessante. Com a cadeira de CEO vaga, o Conselho de Administração do Hurb deve escolher um substituto nas próximas semanas. Segundo apurou o jornal O Globo, um dos nomes mais cotados para a cadeira é João Ricardo Mendes, fundador da empresa e que era o CEO até algumas semanas atrás, quando saiu em meio a uma grande polêmica nas redes sociais.

Para quem não lembra, na última semana de abril João Ricardo também renunciou ao posto de liderança do Hurb após ser alvo nas redes com o vazamento de um vídeo dele xingando e ameaçando um cliente insatisfeito.

Considerado o braço direito de João Ricardo Mendes, Otávio ficou tempo suficiente para tomar algumas decisões drásticas no negócio. Há cerca de uma semana, a companhia dispensou cerca de 40% do quadro de colaboradores (400 funcionários), um dia após a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) suspender, temporariamente, a venda de novos pacotes de viagem com datas flexíveis pela empresa.

O fato é que o Hurb vive momentos difíceis, e tem o desafio de recuperar a sua imagem, pois teve um boom de vendas durante a pandemia, comercializando cerca de R$ 3 bilhões em pacotes flexíveis – no caso, sem lastro de reserva – e desde o ano passado enfrenta dificuldades para entregar o que foi comprado.

Em agosto de 2022, turistas que compraram pacotes com datas flexíveis em 2020, no período mais crítico da pandemia, não conseguiram viajar nos períodos previstos. Em abril, hotéis em diversas cidades do país não aceitaram hóspedes com pacotes comprados pelas ofertas da startup, alegando que o Hurb não tinha honrado o pagamento das reservas. Xiii…

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