A SMU Investimentos, plataforma de crowdfunding, apresenta sua mais nova unidade de negócios: o Carrera Capital, que vai liderar rodadas de crowdfunding no Brasil e América Latina. Plataformas de equity crowdfunding já têm adotado a tática de investir em rodadas que publicam para mostrar o famous skin in the game. Mas o Carrera, da SMU, traz um elemento adicional a essa abordagem. O fundo vai colocar recursos em ofertas da plataforma e também de outras plataformas atuantes no Brasil, México e Colômbia.
Capitaneado por Rodrigo Carneiro, sócio fundador da SMU, o Carrera Capital é um produto voltado a investidores de alta renda que não querem analisar oferta por oferta. Ele nasce com entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões, restrito para investidores da plataforma. Segundo Rodrigo, a ideia é o fundo ganhar corpo para, então, em meados de 2023, iniciar uma oferta pública com valores de captação de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões.
“Concluímos que precisávamos de liquidez para entrar em mais investidores e também de mais investidores ancorando essas rodadas. Pretendemos ancorar de 20% a 30% de cada rodada, em ofertas já selecionadas”, afirmou o executivo em conversa com o Startups.
Follow-ons e operações nas “bolsas de startups” e marketplaces também serão prioridades do Carrera Capital. A expectativa, ainda de acordo com Rodrigo, é de concluir a 1ª captação privada em outubro e fazer os investimentos entre novembro e dezembro.
Novo ciclo da SMU
O Carrera Capital é parte de um novo ciclo da SMU, pautado nas oportunidades trazidas pela resolução 88 da CVM, que entrou em vigor em 1º de julho. O aumento no limite de captação é uma das portas para a expansão tanto da plataforma, como do mercado.
A CVM triplicou o tamanho de rodadas e quadruplicou o limite de receita bruta anual, permitindo agora que startups com receitas de até R$ 40 milhões captem rodadas de investimento de até R$ 15 milhões. Antes os limites desses valores eram de R$ 10 milhões e R$ 5 milhões, respectivamente.
Outra frente da SMU para crescer é a criação de uma espécie de “bolsa de startups” para negociação no mercado secundário, projeto aprovado pelo sandbox da CVM. A ideia é resolver o problema de liquidez desse mercado e, com isso, aumentar a atratividade para o investimento em startups.
Em seus quase 10 anos de vida, a SMU já soma mais de R$ 62 milhões investidos em mais de 40 startups. A plataforma também acumula 3 exits: ExpenseON, Nuveo e a própria SMU.