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Omie leva seu ERP para o mobile a fim de expandir no mercado

Solução visa ampliar opções para clientes existentes e faz parte do plano de ampliar base para 1 milhão até 2025

Omie mobile
Omie mobile. Crédito: canva

A Omie, startup de soluções de ERP cloud, está levando a sua plataforma para o ambiente móvel, de olho em expandir sua oferta e aumentar a gama de recursos para clientes que desejam utilizar um sistema de gestão na nuvem.

Disponível para Android e iOS, a nova iteração do software chega para ampliar as opções para clientes já existentes na base da Omie. Segundo José Adriano Vendemiatti, diretor de Marketing de Produto da companhia, o app não não substitui a plataforma desktop, mas facilita o acesso rápido a determinadas informações, além de economizar o tempo dos empreendedores.

“A plataforma permite que os clientes tenham mais liberdade para acompanhar os módulos de qualquer lugar, facilitando a baixa de pendências, garantindo uma melhor gestão das demandas e do andamento das operações, sem a necessidade de investimentos extras”, diz o diretor, em entrevista ao Startups.

O aplicativo Omie permite aprovar pagamentos e pedidos de compras pelo celular, além de disponibilizar os principais dashboards utilizados na versão para desktop. Os próximos passos incluem soluções para acompanhamento de tarefas das oportunidades em gestão de relacionamento com clientes (CRM), consulta de estoque, inclusão de contas a pagar a partir do código de barras do boleto e detalhes de pedidos de vendas, ordens de serviço e contratos, além de novidades para outros segmentos, como uma solução mobile voltado para o setor varejista.

Conforme explica José Adriano, o avanço para o mobile chega para atender a uma demanda já existente do ecossistema de clientes da Omie, mas também mira o crescimento da base, que visa chegar a 1 milhão de clientes até 2025.

“Temos grandes metas de crescimento sustentável para todas nossas frentes de negócios, e o aplicativo veio para somar esforços e contribuir com nossos objetivos, sempre mantendo o cliente no centro das escolhas”, afirmou o diretor de marketing, sem entrar em números específicos sobre as expectativas para o app móvel.

Omie em movimento

O anúncio do Omie para o ambiente mobile segue uma série de manobras que a companhia vem fazendo para ganhar mercado, incluindo mudanças em suas linhas de produto e uma política agressiva de aquisições.

Quanto aos produtos, recentemente a companhia resolveu tornar o OneFlow, solução de gestão contábil criada por uma joint venture liderada pela Omie junto a quatro players do mercado (SCI Sistemas Contábeis, Tron, Fortes Tecnologia e Kevo/Mastermaq), não exclusivo para empresas que utilizam o ERP Omie. Com isso, o plano dobrar a base de contadores clientes do software até 2025.

Já nas compras, recentemente a companhia enveredou pelo caminho dos serviços financeiros, comprando a Ergoncredit, player que atua em crédito para PMEs – a Omie adquiriu 100% da companhia, por um valor não divulgado.

A nova funcionalidade passou a fazer parte de um novo portal lançado pela marca – o Portal Omie, que além da solução de crédito, deverá incluir outras features como compra, venda, ordens de produção e conciliação fiscal.

No mercado desde 2013, a Omie já levantou mais de R$ 690 milhões em investimentos em sua trajetória. Porém, a partir de 2021 o ritmo de aportes – e de aquisições – ficou mais intenso. Em agosto do ano passado, a companhia fisgou R$ 580 milhões com o SoftBank em uma rodada C. Dois meses depois, a companhia estendeu a rodada, com um aporte não revelado saindo do bolso da chinesa Tencent.

Com o caixa recheado, a empresa continuou a rodar sua máquina de M&A, que tinha começado em novembro de 2020 com a compra da Mintegra, plataforma que integra marketplaces a ERPs. Ela seguiu com a aquisição da Devi, de soluções para PDV, e da G-Click, voltada a recursos contábeis.

Ainda em novembro de 2021 ela pagou R$ 120 milhões em dinheiro pelo banco digital Linker e em fevereiro deste ano foi a vez da catarinense Compass, desenvolvedora de soluções de customer experience, num negócio de valor não divulgado.