As startups estão presentes em todos os setores da economia, mas com a popularização dessas empresas de tecnologia, novos termos foram sendo criados para se referir a cada segmento. É o caso das fintechs, na área financeira, das edtechs, na educação, e por aí vai. Criado a partir das palavras “insurance” e “technology”, o termo insurtech, por sua vez, é usado para se referir às startups do mercado de seguros.
Entre as insurtechs brasileiras mais conhecidas está a Ciclic, voltada para o público jovem, que inovou ao oferecer a contratação de seguros de forma 100% digital. Outro exemplo é a ThinkSeg, cujo principal produto é o seguro de carros pay per use, em que o proprietário do veículo paga pela proteção apenas enquanto estiver usando o automóvel.
No Brasil existem quase 200 insurtech, segundo o relatório “Latam Insurtech Journey”, elaborado pela Digital Insurance, com dados de 2022. O número representa cerca de 35% das startups de seguros na América Latina, o que faz do país um dos principais players da região.
Inovação no setor
Até 2025, o segmento deve manter uma taxa de crescimento de 25% ao ano, segundo o relatório, alcançando a marca de mais de 1 mil startups de seguros no Brasil. Atualmente, a expansão mais dinâmica é do México (34%), seguida pela Argentina (31%) e Brasil (29%). Peru, Equador e Bolívia, que estavam atrasados em seu desenvolvimento, crescem a uma taxa de 56% ao ano.
Além de oferecerem seguros próprios, as insurtechs também contribuem com as seguradoras tradicionais em programas de inovação aberta. A ideia é que as startups ofereçam soluções que complementem os ecossistemas de inovação dessas empresas, especialmente com o início do Open Insurance.
Assim como o Open Banking, o Open Insurance é um sistema que está sendo desenvolvido pelo governo federal em parceria com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), que permite os dados do consumidor sejam compartilhados entre empresas do setor, com o seu consentimento. O objetivo é estimular a competitividade entre as seguradoras.