fbpx
Compartilhe

Bom dia,

Onde você estava na última vez que os juros brasileiros estavam acima de 11%? Foi em abril de 2017, não faz muito tempo. Mas faz tempo, né? 

É impressionante pensar nas reviravoltas que o mundo deu desde então. E quantas mais ele dará nos próximos 5 anos? Será que voltaremos a ter juros e inflação de um dígito? Será que estaremos aqui para contar a história?

Às vezes parece que o Iron Maiden é que está certo e o negócio é correr para as montanhas, salvar a sua vida. E só se for correndo mesmo. Pegar carro nem pensar. Já viu o preço do combustível? Saudades dos patinetes na Faria Lima. Bons tempos.

Mas bora lá começar a semana porque os boletos não se pagam sozinhos. 

Boa leitura e boa semana.

Gustavo, Angelica, Fabiana e Gabriela


Semana de 7 a 13 de março

RODADAS DE INVESTIMENTO

  • O escritório de contabilidade digital Contabilizei levantou uma nova rodada – e um cheque com valor mais condizente com o perfil de investimentos da SoftBank: R$ 320 milhões. Além da carteira de clientes, a startup quer ampliar ainda mais sua oferta de serviços, por isso, as aquisições estão entrando no radar. Uma área exclusiva para isso foi criada e os primeiros movimentos devem acontecer já em alguns meses.
  • A Trela – antiga Zapt – levantou uma rodada de US$ 25 mi liderada pela SoftBank. Com a bolada, a startup quer levar seu marketplace para mais 3 a 5 cidades ainda este ano. Hoje ela está presente em BH e em São Paulo. A companhia atua no modelo de social commerce, nos moldes da Pinduoduo e da Facily, mas tem como alvo o público das classes A e B morador de prédios. A ideia é que, comprando juntos, os vizinhos tenham economia entre 20% e 50% em produtos premium como frutos do mar, queijos e grãos.
  • O Glorify, app que permite que cristãos façam reflexões, meditações guiadas, orações e leituras de passagens da Bíblia, fechou o seu 2º aporte em 3 meses – uma série B de US$ 40 milhões do SoftBank Latin America Fund. Cumprindo a meta de 2021, a companhia fechou o ano com mais de 2 milhões de downloads no Brasil.
  • A Flash, HRTech de benefícios corporativos, captou mais de US$ 100 milhões em rodada série C. O novo aporte é o segundo maior de uma HRTech no Brasil, atrás somente dos US$ 220 milhões que a Gympass recebeu no ano passado da SoftBank. Os recursos serão investidos em tecnologia, experiência do produto para os usuários e na ampliação do time de 300 colaboradores.
  • A Mara, startup de Ariel Lambrecht que quer reinventar a experiência de compra de itens de supermercado, captou sua primeira rodada de investimentos de US$ 6 milhões. Capital Canary e Caffeinated Capital lideraram o aporte. Com os recursos, a empresa começou a construir seu time, produto e tecnologia, bem como iniciar as operações – a Mara está rodando um piloto em alguns bairros da Zona Leste de São Paulo. Neste mês, a empresa pretende também inaugurar seu primeiro galpão e escritório, em um espaço de 3 mil metros quadrados na Vila Leopoldina.
  • A gestora brasileira DNA Capital injetou US$ 30 milhões na startup norte-americana Nice Healthcare, de saúde de casa e fisioterapia. A companhia aproveita o aporte para expandir o time, especialmente no C-level, começando pela contratação de Steven Bayer como chefe da área de experiência ao cliente. Charles Wyatt entra como diretor financeiro e Shadé Akande, chefe de Recursos Humanos.
  • A Medway, plataforma de preparação para as provas de residência médica, levantou uma série A de R$ 75 milhões. A rodada foi liderada pelo SoftBank Latin America Fund, com participação dos fundos GFC, EquitasVC, Aggir Ventures, Scale-Up Ventures, Neuron Ventures, Allievo Capital e GrãoVC. Com o aporte, a edtech vai expandir as atuações nacionais, lançar novos cursos, investir em tecnologia, contratar talentos e melhorar a experiência do aluno.
  • A Cayena, marketplace B2B que conecta bares e restaurantes a fornecedores de insumos, recebeu R$ 100 milhões em uma rodada com fundos e empresas estrangeiras, incluindo a Coca-Cola Femsa. Os recursos serão usados para aumentar a estrutura comercial e dobrar o time de programação.
  • O e-commerce de vinhos Evino levantou R$ 650 milhões em rodada liderada pela Vinci Partners, por meio do fundo III, com participação de JCR e XP Private. Embora a participação exata não tenha sido divulgada, os investidores terão co-controle da plataforma e cadeiras no conselho da empresa. A notícia chega 6 meses depois de a startup adquirir a concorrente Grand Cru.
  • A healthtech Intuitive Care, de soluções digitais para gestão e ganho financeiro no setor de saúde, captou R$ 7 milhões numa rodada seed e completou a aquisição da concorrente Power Tiss. O aporte foi liderado pelo fundo de Corporate Venture Capital (CVC) do Einstein, sob gestão da VOX, e tem Invest Tech e Bold Capital como coinvestidores.  
  • A startup do ramo da beleza Be Beleza Tech recebeu um aporte de R$ 1 milhão da associação nacional de investimento-anjo BR Angels Smart Network. A femtech utiliza realidade aumentada e reconhecimento facial para ensinar maquiagens, rotinas de beleza e skincare de maneira personalizada em seu aplicativo. Com o investimento, a empresa planeja aumentar seu número de usuárias ativas de 25 mil para 300 mil até o final deste ano
  • A healthtech Klivo fez extensão de sua rodada de série A com o ingresso da Yaya Capital,  gestora independente que tem como fundadores membros da família Moll e do fundo Kortex Ventures, maior fundo de corporate venture especializado em saúde do Brasil – do grupos Fleury e Sabin. Juntas, elas incorporam mais R$ 5 milhões na rodada, totalizando R$ 50 milhões.
  • A Skelt Beauty Brands, house of brands criadora das marcas de beleza nativas digitais Skelt e Creamy, recebeu aporte de R$30 milhões liderado pela Shift Capital, gestora de venture capital especializada em séries A, responsável por investimentos em startups de alto crescimento como Kovi, TerraMagna, The Coffee e Paketa. A rodada também contou com a participação da Norte Ventures.
  • A Cingulo, dona de um aplicativo de saúde mental, fez uma rodada seed liderada pela DNA Capital, gestora de Pedro Bueno, da Dasa. O valor aportado não foi revelado.A ideia é injetar recursos para crescer a operação B2B do negócio. Primeira do segmento no portfólio do VC, o Cíngulo, com sede em Porto Alegre, já conta com mais de 3 milhões de downloads do app — 90% deles de forma orgânica.

FUSÕES E AQUISIÇÕES 

  • A Gabriel, startup que está construindo uma rede privada de câmeras de monitoramento para ajudar no combate à violência no Brasil, partiu para a sua 1ª aquisição e incorporou a Retina Vision. Com o movimento, a startup abre uma nova frente de atuação, a prevenção do crime – e também a temporada de aquisições. Ao ser incorporada às câmeras da Gabriel, a tecnologia de visão computacional da Retina que lê placas de carros vai permitir que a companhia acione a polícia caso um carro em situação irregular seja detectado. 
  • O Grupo Primo, dono de marcas e empresas dos segmentos de finanças, tecnologia, marketing e negócios, comprou a compra da fintech Grão, especializada em micro investimentos. Com a compra, a fintech passa a ter acesso a uma audiência interessada em investimentos e familiarizada com o digital. O Grupo, até então focado em promover conhecimento e viabilizar acesso à informação sobre investimentos, passa a ofertar produtos financeiros.
  • A 2TM, unicórnio controlador do Mercado Bitcoin, anunciou a compra da fintech cripto Wuzu, que desenvolve produtos de infraestrutura baseados em blockchain para o mercado financeiro. Segundo a 2TM, a aquisição reforça sua atuação no mercado B2B como um provedor de soluções de infraestrutura cripto e vai acelerar a produção de projetos de expansão da holding no Brasil e no exterior.
  • A Petlove&Co, plataforma online de produtos e serviços para pets, adquiriu 100% da empresa de planos de saúde para pet Nofaro. Com a operação, a carteira de clientes da Petlove no setor de saúde animal passa a ter mais de 70 mil pets e cerca de mil parceiros credenciados. A companhia projeta fazer R$ 500 milhões em receita neste segmento.
  • O banco digital Next, criado pelo Bradesco, acaba de dar a largada no campo das M&As. A fintech comprou a Aarin, startup de meios de pagamento baseada em Salvador (BA). A companhia segue operando de forma independente, com o Next como acionista majoritário.
  • O Grupo Decolar fechou a compra de uma participação de 51% na Stays.net, gestora de aluguéis para temporada líder no Brasil, por um preço total de R$ 15,65 milhões (US$ 3 milhões), sujeito a certas condições de fechamento. Fundada em 2016, a Stays.net é uma empresa SaaS que oferece um sistema completo de gestão de propriedades para aluguel de temporada (Channel Manager, Property Management System, ERP e E-Commerce booking system integrado) aos donos, corretores e administradores de acomodações temporárias no Brasil. A companhia é hoje um dos principais parceiros de integração das plataformas de reservas mais importantes a nível global. A Stays.net possui atualmente um portfólio de 17.000 imóveis localizados principalmente no Brasil.
  • A Yduqs, dona da Estácio e do IBMEC, comprou a Hardwork, de cursos preparatórios para residência médica. A compra de 51% do negócio envolveu o pagamento de R$ 32 milhões para os fundadores Fabrício Valois e Fábio Colagrossi e a injeção de R$ 20 milhões no caixa. O valuation post-money ficou em R$ 102 milhões
  • A Inflr, que atua no mercado de marketing de influência, e a Adaction, trading desk especializada em ações de mídia digital com foco em growth hacking, compraram a plataforma de live commerce Alive, que tem entre seus investidores empresas como Stone, Grupo Globo, Maya e Atmos. O valor da operação não foi divulgado
  • A Bom pra Crédito se fundiu com a Focus Financeira. Com o negócio, as companhias passam a operar sob uma holding que será comandada por Eduardo Dal Sasso Mendonça Cruz, sócio e membro do conselho da Focus
  • A Afya informou na semana passada que a família Esteves — o casal de médicos Nicolau e Rosangela— formalizou uma oferta para vender 6 milhões de suas ações classe B (com maior poder de voto) à alemã Bertelsmann. Isso fará com que a fatia da Bertelsmann na Afya passe dos atuais 45,6% para 57,5% do poder de voto, assumindo o controle do grupo educaional. Do capital total, a fatia dos alemães aumentará de 24,6% para 33,4% do capital total. Já a família Esteves reduz o poder de voto de 44,9% para 33,1%, ficando com 17,8% do total.
  • O Google assinou um acordo definitivo para adquirir a empresa de segurança cibernética Mandiant por US$ 23 a ação, ou cerca de US$ 5,4 bilhões em dinheiro. O acordo, que foi noticiado pela primeira vez pelo “The Information” e deve ser concluído ainda neste ano, quando a Mandiant se juntará ao Google Cloud

DANÇA DAS CADEIRAS

  • Luis Fernando Lima, ex-Daycoval, chega à Teddy Open Finance para gerenciar a área de expansão para bancários autônomos e correspondentes bancários e para ajudar a desenvolver a área de investimentos da fintech. 
  • A Arquivei anuncia a contratação de Vinícius Martins como diretor de Marketing. O executivo assume o cargo com o objetivo de liderar o marketing e comunicação na empresa, e todas as suas principais frentes: geração de demanda, estratégia e posicionamento de marca, marketing de produto e growth.
  • O Banco Safra contratou Mario Mello para o cargo de diretor do segmento digital de pessoa física, como parte da sua estratégia de investir na digitalização e diversificação de produtos. O executivo já teve uma passagem pelo banco e é sócio da Valor Capital.Também trabalhou no PayPal, onde foi diretor geral para América Latina, Bank Boston, Visa, entre outras empresas.
  • Laura Moreno Lucas foi nomeada sócia da gestora LAT VC, que tem US$ 100 milhões para investimento em startups de impacto early stage comandadas por latinos nos EUA. Na lista estão nomes como Recruitology, Yaydoo, Flow, e Omnitron. Laura já trabalhou na Nasdaq e fundou a Pandocap, uma consultoria financeira.

RECOMENDAÇÕES DE LEITURA

FALTOU DA SEMANA PASSADA

  • A E-moving, startup de assinatura de bicicletas elétricas, recebeu um aporte de R$ 15 milhões realizado pela Bertha Capital, gestora de Corporate Venture Capital (CVC) da Multilaser. A quantia chega logo após o reposicionamento do negócio, que passa a oferecer o aluguel das e-bikes exclusivamente para empresas, após crescimento de 200% da atuação com esse público. Com o aporte, a E-moving pretende reforçar os times de vendas e marketing, além de desenvolver uma nova versão de sua bicicleta, em colaboração com a Multilaser.

DOWNLOAD

  • A conferência Brasil at Silicon Valley vai retomar o seu formato presencial. A conferência vai acontecer nos dias 16 e 17 de maio no Computer History Museum, em Mountain View, na Califórnia. A programação ainda não foi divulgada, mas os macrotemas abordados serão: Inteligência Artificial, Inovação de Escala, Futuro do Investimento, Mundo Descentralizado – passando por Metaverso e Web 3.0 -, e o Futuro do Clima.

LEIA MAIS