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A Loja Integrada, plataforma que permite a criação de lojas virtuais, demitiu cerca de 10% do seu quadro de funcionários – 25 pessoas de um total próximo a 250. Uma lista provisória já consta 16 funcionários desligados. As demissões ocorreram no início de agosto e afetaram diversas áreas da empresa, incluindo marketing, conteúdo, produto, software e inteligência empresarial (BI).

Ao Startups, a companhia confirmou os desligamentos e justificou os cortes. “Há meses a Loja Integrada vem passando por um redirecionamento estratégico voltado ao aumento de sua eficiência operacional”, afirma a companhia, em nota. A startup destaca que esse movimento a levou a reposicionar a marca, lançar novos produtos e criar novas áreas no último ano. 

“Mais recentemente, em um movimento de melhorar ainda mais sua eficiência, [a empresa] contratou novas pessoas e terceirizou algumas atividades com profissionais, empresas e consultorias especializadas. Este passo impactou diretamente 25 profissionais, em torno de 10% do quadro total de funcionários”, diz o comunicado.

Um ex-funcionário ouvido pelo Startups traz um relato diferente. “O argumento foi que a empresa cresceu de forma desorganizada, com sobreposições de funções e contratações de ferramentas desnecessárias e que eles precisavam fazer uma correção de rota”, pontua. Ele afirma não ter recebido retornos sobre suas entregas e performance, mas que a empresa manteve o plano de saúde por mais 3 meses para os funcionários desligados.

“Os funcionários impactados receberam a extensão dos benefícios oferecidos pela Loja Integrada visando garantir o máximo de tranquilidade possível até a sua recolocação. Todas as nossas iniciativas, incluindo possíveis reestruturações e novos direcionamentos estratégicos, sempre foram e serão tratados com transparência, respeito e responsabilidade”, afirmou a empresa.

Demitiu, mas contratou

Nesse último ano de reestruturação, a Loja Integrada afirma ter contratado 20 profissionais. O que chama a atenção é que 5 deles entraram na empresa após os 25 desligamentos. E a startup afirma ter outras 5 vagas abertas para as áreas de backoffice, parcerias, marketing e sucesso do cliente. “Estas posições e outras que abriremos nas próximas semanas evidenciam uma nova estrutura organizacional que gera cada vez mais valor para os nossos atuais clientes e novos vendedores virtuais”, disse a startup.

“O que esses números informam é que eventuais desligamentos que tenham acontecido não têm qualquer relação com um movimento de congelamento de vagas ou de economia financeira. São movimentos naturais da estratégia da empresa. Seguiremos contratando”, pontua. A empresa ressalta que não planeja suspender posições de trabalho em busca de economia ou por escassez de atividades.

A Loja Integrada nasceu em 2013 e no ano da fundação foi adquirida pela VTEX, unicórnio brasileiro que opera como uma plataforma SaaS (software as a service) de comércio digital para empresas e varejistas. Em maio, a VTEX demitiu cerca de 200 pessoas, pouco mais de 11% do total.

Segundo a Loja Integrada, suas operações são independentes. “O nosso produto, mercado e público são muito diferentes dos da VTEX, e por esse motivo somos autônomos na gestão e decisões estratégicas”, afirmou a empresa, em nota. A Loja Integrada soma um histórico de 2,5 milhões de lojas abertas em sua plataforma.

As demissões nessas startups seguem os ajustes feitos em outras empresas de alto crescimento no ecossistema. Só em julho, as levas atingiram empresas como a Hash, Provi, Quanto, Casai e Alice. Recentemente, os unicórnios Ebanx, Loft, Loggi e Facily também enxugaram a operação.

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